quinta-feira, 30 de maio de 2013

CNSG 2º ANO

Iluminismo e Revolução Francesa

01. (PUC-RS/2011) Considere o texto abaixo, do filósofo John Locke (1623- 1704), extraído da obra Sobre o Governo Civil.

                Se o homem em estado de natureza está tão livre quanto se disse, se é senhor absoluto de sua pessoa e bens (...), sem estar sujeito a quem quer que seja, por que abandonará sua liberdade? Por que (...) se sujeitará ao domínio e controle de algum outro poder? Ao que é evidente responder que, embora em estado de natureza tenha esse direito, o seu gozo é muito incerto (...), a fruição da propriedade que tem nesse estado é muito arriscada e muito insegura; e não é sem razão que procura e está disposto a formar com outros uma sociedade (...) para a preservação mútua de suas vidas, liberdades e bens, a que chamo pelo nome geral de – propriedade.

Apud FENTON, Edwin. 32 problemas na história universal. São Paulo: Edart, 1974, p. 90-1.

                Considerado um dos fundadores do pensamento liberal, Locke, no texto, examina os motivos que levam os indivíduos a saírem do “estado de natureza”, fundando a chamada “sociedade política” (o Estado).
O conceito de propriedade está no centro desses motivos, sendo esta considerada como

a) uma concessão parcial da sociedade política aos indivíduos.
b) uma prerrogativa que nasce com o estabelecimento da sociedade política.
c) o fundamento moral para o exercício do poder absoluto do Estado.
d) o fruto material da exploração do homem pelo homem.
e) um direito natural a ser protegido pela sociedade política.

02. (UNESP/2011)

                E a verdade, o que será? A filosofia busca a verdade, mas não possui o significado e substância da verdade única. Para nós, a verdade não é estática e definitiva, mas movimento incessante, que penetra no infinito. No mundo, a verdade está em conflito perpétuo. A filosofia leva esse conflito ao extremo, porém o despe de violência. Em suas relações com tudo quanto existe, o filósofo vê a verdade revelar-se a seus olhos, graças ao intercâmbio com outros pensadores e ao processo que o torna transparente a si mesmo. Eis porque a filosofia não se transforma em credo. Está em contínuo combate consigo mesma.

(Karl Jaspers, 1971.)

                Com base no texto, responda se a verdade filosófica pretende ser absoluta, justificando sua resposta com uma passagem do texto citado. Ainda de acordo com o fragmento, explique como podemos compreender os conflitos entre filosofia e religião e cite o principal movimento filosófico ocidental do período moderno que se caracterizou pelos conflitos com a religião.

03. (UNESP/2011)  

                O Iluminismo é a saída do homem de um estado de menoridade que deve ser imputado a ele próprio. Menoridade é a incapacidade de servir-se do próprio intelecto sem a guia de outro. Imputável a si próprios é esta menoridade se a causa dela não depende de um defeito da inteligência, mas da falta de decisão e da coragem de servir-se do próprio intelecto sem ser guiado por outro. Sapere aude! Tem a coragem de servires de tua própria inteligência!

(Immanuel Kant, 1784.)

                Esse texto do filósofo Kant é considerado uma das mais sintéticas e adequadas definições acerca do Iluminismo. Justifique essa importância comentando o significado do termo “menoridade”, bem como os fatores sociais que produzem essa condição, no campo da religião e da política.

04. (UPE/2011)

                O Iluminismo foi um movimento intelectual, portador de uma visão unitária do mundo e do homem, apesar da diversidade de leituras que lhe são contemporâneas, conservou uma grande certeza quanto à racionalidade do mundo e do homem, a qual seria imanente em sua essência.

FALCON, F. J. C. Iluminismo, São Paulo: Ática, 1986. Adaptado.

Suas principais linhas de força foram:

a) o pensamento crítico, o primado da razão, a antropologia e a pedagogia.
b) a ideia de progresso, a antropologia, a manutenção das tradições e a explicação racional para tudo.
c) o direito coletivo, o direito à propriedade, o primado da razão, a ideia de progresso.
d) o sentimento humanitário, a futilidade da guerra, a manutenção das tradições e a explicação racional para tudo.
e) a ideia de socialismo, o pensamento crítico, o antropocentrismo e o naturalismo.

05. (UNICAMP/2011)

                Na segunda metade do século XVIII, pensadores importantes, como Denis Diderot, atacaram os próprios fundamentos do imperialismo. Para esse filósofo, os seres humanos eram fundamentalmente formados pelas suas culturas e marcados pelas diferenças culturais, não existindo o homem no estado de natureza. Isso levava à ideia de relatividade cultural, segundo a qual os povos não podiam ser considerados superiores ou inferiores a partir de uma escala universal de valores.

(Adaptado de Sankar Muthu, Enlightenment Against Empire Princeton: Princeton University Press, 2003, p. 258, 268.)

a) Segundo o texto, como as ideias de Denis Diderot se opunham ao imperialismo?
b) No pensamento de Jean-Jacques Rousseau, qual a relação entre a ideia de “homem no estado de natureza” e a organização das sociedades civilizadas?

06. (UEG/2010) Hegel, prosseguindo na árdua tarefa de unificar o dualismo de Kant, substituiu o eu de Fichte e o absoluto de Schelling por outra entidade: a ideia. A ideia, para Hegel, deve ser submetida necessariamente a um processo de evolução dialética, regido pela marcha triádica da

a) experiência, juízo e raciocínio.
b) realidade, crítica e conclusão.
c) matéria, forma e reflexão.
d) tese, antítese e síntese.

07. (UNIFORE/2010)  

                Apesar de Rousseau trazer a tona a democracia direta ateniense, ele próprio convenceu-se da impossibilidade de tal modelo, em face das grandes extensões territoriais dos Estados, das grandes concentrações populacionais, (devemos levar em conta que as metrópoles estavam em pleno crescimento na época de Rousseau), da complexidade da sociedade, e da falta de consenso social cultural.

Disponível em:http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas/ index.php/buscalegis/article/viewFile/15671/15235. Acesso em: 13/05/2010. (com adaptações)

                Segundo a hipótese levantada, é correto afirmar que Rousseau

a) trouxe polêmicas que conflitavam com a recente democracia liberal burguesa, que em suas idéias, sustentou novas discussões para as futuras teorias socialistas.
b) trouxe polêmicas que conflitavam com a recente democracia social da burguesia, que em suas idéias, sustentou novas discussões para as futuras teorias comunistas.
c) trouxe polêmicas que conflitavam com a recente democracia censitária burguesa, que em suas idéias, sustentou novas discussões para as futuras teorias liberais.
d) trouxe polêmicas que conflitavam com a recente democracia liberal moderna, que em suas idéias, sustentou novas discussões para as futuras teorias socialistas.
e) trouxe polêmicas que conflitavam com a recente democracia liberal representativa, que em suas idéias, sustentou novas discussões para as futuras teorias socialistas.

08. (UFG/2010) Leia e compare os documentos.

                O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Três razões fazem ver que a monarquia hereditária é o melhor governo. A primeira é que é o mais natural e se perpetua por si próprio. A segunda razão é que esse governo é o que interessa mais na conservação do Estado e dos poderes que o constituem: o príncipe, que trabalha para o seu Estado, trabalha para seus filhos. A terceira razão retira-se da dignidade das casas reais.

BOSSUET, Jacques-Bénigne. A política inspirada na Sagrada Escritura.  In: FREITAS,Gustavo de. 900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano, 1977. (Adaptado).

                Nenhum homem recebeu da natureza o direito de comandar os outros. A liberdade é um presente do céu, e cada indivíduo da mesma espécie tem o direito de gozar dela logo que goze da razão. Toda autoridade (que não a paterna) vem duma outra origem, que não é a da natureza. Examinando-a bem, sempre se fará remontar a uma dessas duas fontes: ou a força e violência daquele que dela se apoderou; ou o consentimento daqueles que lhe são submetidos, por um contrato celebrado ou suposto entre eles e a quem deferiram a autoridade.

DIDEROT, Denis. Autoridade política. In: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano, 1977.

                O primeiro documento data de 1708, ao passo que o segundo faz parte da Enciclopédia, cujos volumes foram publicados entre 1751 e 1780. Ambos os escritos tratam do poder político e da relação entre governantes e governados, expressando perspectivas distintas. Nesse sentido, identifique e explique os princípios presentes em cada um dos documentos, que definiram a relação entre governantes e governados.

09. (UFG 2011/1) Leia os trechos a seguir.

1. Os homens nascem e permanecem iguais em direitos. As distinções sociais só podem ser baseadas na utilidade comum.
2. O objetivo de toda associação política é a preservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.

Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, 1789.

ARTIGO 2o Todo ser humano pode fruir de todos os direitos e liberdades apresentados nesta Declaração, sem distinção de qualquer sorte, como raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra ordem, origem nacional ou social, bens, nascimento ou qualquer outro status. Além disso, nenhuma distinção deve ser feita com base no status político, jurisdicional ou internacional do país ou território a que uma pessoa pertence, seja ele território independente, sob tutela, não autônomo ou com qualquer outra limitação de soberania.

Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948. HUNT, Lynn. A invenção dos direitos humanos: uma história. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 226; 230.

                Comparando as declarações e considerando os respectivos contextos históricos em que foram produzidas, a distinção apreendida indica que a proclamação dos direitos em

10. (UERJ/2011)


Candidatos a presidente da República do Brasil em 1989: Mário Covas, Aureliano Chaves, Luis Inácio Lula da Silva, Guilherme Afif Domingos, Fernando Collor de Mello, Paulo Maluf, Ronaldo Caiado, Roberto Freire, Leonel Brizola, Ulysses Guimarães.

                O Jornal do Brasil aproveitou a corrida eleitoral pela presidência do Brasil em 1989 e consultou a opinião dos candidatos para a seguinte questão: “Se o senhor tivesse vivido a Revolução Francesa, que personagem da época gostaria de ter encarnado?” A maioria preferiria ter sido povo. Dois gostariam de ter sido filósofos. Ninguém quis ser político. Mas, curiosamente, aqueles que queriam ser povo ou filósofo em 1789, duzentos anos depois, almejavam a presidência.
                O dia 14 de julho de 1789, data da queda da Bastilha, é considerado pelos historiadores um marco da Revolução Francesa.
                Considerando o contexto político da França em 1789, explique a importância simbólica da queda da Bastilha para o movimento revolucionário francês.
                Apresente, também, duas propostas da Revolução Francesa que ainda façam parte da ordem política contemporânea.

11. (UDESC/2011) Entre 1789 e 1799, a França atravessou um período profundamente transformador conhecido por Revolução Francesa. Em relação às características desse processo revolucionário e seus desdobramentos, analise cada proposição e assinale (V) para verdadeira ou (F) para falsa.

(   ) A França foi inovadora, pois não havia notícias de uma Revolução de Caráter Burguês e Liberal na Europa do século XVIII.
(   ) Durante os dez anos do processo revolucionário, houve uma série de acordos que garantiram uma transição tranquila e pacífica da Monarquia Absolutista para a República Federativa.
(   )          A Revolução Francesa pode ser subdividida em quatro momentos: a Assembleia Constituinte, a Assembleia Legislativa, a Convenção e o Diretório.
(   ) A Revolução Francesa disseminou nova concepção política e organizacional do Estado; suas ideias influenciaram a disseminação de guerras e conflitos e seus ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade passaram a ser buscados por quase todas as nações do mundo contemporâneo.

                Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

a) V – F – V – F
b) V – V – F – F
c) F – V – V – V
d) V – V – V – V
e) F – F – V – V

12. (UFTM/2011) O esquema refere-se à situação da receita e da despesa do Estado francês na década de 1780.

(Anne Bernet. Sem nenhum tostão em caixa. In História Viva, 2004.)

                A partir da observação dos dados, pode-se inferir:

a) o equilíbrio da economia do país, obtido pela administração centralizada, típica do absolutismo.
b) a fragilidade das contas públicas, agravada pelo envolvimento do país em guerras externas, que aprofundaram a crise econômica.
c) a importância das taxas pagas pela nobreza, que compunham grande parte das receitas do poder público.
d) a necessidade de se aumentar o controle das fronteiras, para evitar a evasão de divisas para outros países europeus.
e) os efeitos das revoltas camponesas, que desestruturaram a produção rural e diminuíram a arrecadação de impostos.

13. (UESPI/2011) Uma análise da Revolução Francesa permite perceber sua importância política, sem deixar de ressaltar sua violência e suas contradições. Na sua Declaração dos Direitos Humanos e do Cidadão:

a) destacava-se a condenação à propriedade privada e ao capitalismo.
b) definia-se a vitória dos ideais do liberalismo, favoráveis à elite da época.
c) negava-se o valor da escravidão, embora não atacasse a sua existência nas colônias europeias.
d) afirmava-se a igualdade universal perante a lei, sem respeitar os limites desejados pela burguesia.
e) defendia-se a submissão das colônias, mas se omitia em relação aos danos da censura e da propriedade.

14. (UFAL/2011) Os estudos sobre a Revolução Francesa, comumente, dividem-na em etapas sucessivas, considerando-se a primeira delas, a chamada Fase da Assembleia Nacional, vivenciada entre os anos de 1789 e 1791. Essa fase se caracterizou pela:

a) abolição dos privilégios feudais, formação da primeira Coligação contra a França, liderada pela Inglaterra e, ainda, pela definição de lugares específicos a serem ocupados pelos deputados constituintes nas reuniões.
b) aprovação em Paris da Assembleia dos Estados Gerais, que aboliu os privilégios feudais, determinou o confisco dos bens da Igreja e proclamou a Primeira Constituição da França.
c) morte do rei Luis XVI, guilhotinado na Praça da Revolução, e pela formação da Primeira Coligação contra a França, encabeçada pela Inglaterra.
d) prisão dos líderes Girondinos, Marat, Hèbert, Danton, Saint-Just e Robespierre.
e) implantação do regime do terror, caracterizado pela prática de atos de violência contra os opositores do governo revolucionário.

15. (UFRN/2010) A imagem abaixo, uma pintura a guache de Claude Cholat, vendedor de vinhos no final do século XVIII, retrata um episódio da Revolução Francesa.

VICENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo.  História para o ensino médio: história geral e do Brasil.  São Paulo: Scipione, 2001. p. 294.

a) Identifique o acontecimento retratado por Claude Cholat e explicite o significado histórico desse acontecimento.

b) Mencione e explique duas repercussões da Revolução Francesa.

16. (UEG/2010)

Marchemos filhos da Pátria,
O dia de glória chegou;
Contra nós, a tirania,
O estandarte sangrento levantou. (bis)
Ouvis bramir pelos campos
Esses ferozes soldados?
Eles vêm degolar
Nossos filhos, nossas companheiras.

A Marselhesa. (Tradução fornecida pelo Consulado da França em São Paulo). In: RODRIGUE, J. E. História em documento. São Paulo: FTD, 2001. p. 52.

                O texto citado é uma das estrofes que compõem A Marselhesa, o hino nacional da França, composto em abril de 1792 por Rouget de Lisle. Dentro do contexto político-social em que a canção foi composta, os termos “tirania” e “ferozes soldados”, respectivamente, indicam:

a) a Inquisição católica e as tropas inglesas.
b) a ditadura jacobina e as tropas russas.
c) o Absolutismo e as tropas austro-prussianas.
d) o Feudalismo e as tropas espanholas.









Gabarito

1) e

2) O texto deixa claro que a filosofia não busca uma verdade absoluta ao afirmar, por exemplo, que a verdade “não possui o significado e substância da verdade única” (o candidato também poderia selecionar o trecho que diz que a verdade “não é estática e definitiva, mas movimento incessante”). Uma vez que a filosofia rejeita verdades absolutas, cria-se a possibilidade de conflitos com a religião, fundada em dogmas e textos sagrados. No período moderno, o movimento conhecido como Iluminismo criou um campo de atrito com a religião, a partir da crítica ao clero e ao irracionalismo de suas práticas e seu discurso.

3) De acordo com Kant, o termo menoridade refere-se “à incapacidade de servir-se do próprio intelecto sem a guia de outro”, ou seja, a incapacidade do pensamento de se desenvolver fora de um quadro de restrições institucionais representadas, por exemplo, pela Igreja e pela religião. No final do século XVIII, no contexto do Iluminismo e do processo revolucionário francês, a Igreja perde influência e ascende o Estado leigo, criando-se assim as condições sociais para a superação da “menoridade”.

4) a

5) a) De acordo com o texto, Diderot identificava e valorizava a existência de diferentes culturas. Desse modo, não acreditava na existência de uma base comum a partir da qual alguns povos evoluiriam mais e outros menos. Disso resultava que, na opinião dele, qualquer ação imperialista era um ato de agressão.

b) Segundo Rousseau, o desenvolvimento da civilização e de suas formas e instituições sociais cada vez mais complexas resultou na perda de uma ”inocência” primitiva comum a todos os homens. Assim, a sociedade seria responsável pela corrupção da virtude humana primordial.

6) d

7) a

8) O princípio que orienta o primeiro documento é o do direito divino dos Reis; já, no segundo, o princípio orientador é o da razão iluminista. Para os defensores do Absolutismo, como Jacques-Bénigne Bossuet (1627-1704), o poder político dos Reis emanava de Deus, sendo, portanto, um “poder divino” e determinado pelo nascimento (a hereditariedade sustentava a sucessão dinástica). Isso significa que a legitimidade dos monarcas é indiscutível e natural, constituindo, então, uma relação entre governantes e governados, na qual o primeiro tem autoridade e o segundo deve-lhe obediência e fidelidade, na categoria de súdito. Para os iluministas, em geral, e para Diderot (1713-1784), em particular, tal como se pode deduzir da leitura do fragmento, o poder político não é algo natural ou tomado como uma herança divina, uma vez que os homens, amparados pela razão, devem gozar de sua liberdade. Por isso, a relação entre governo e governado depende de fonte distinta: a força (o uso da violência) e o consentimento (o contrato).

09. d

10) Gab:
A queda da Bastilha simbolizou a vitória dos ideais revolucionários sobre o regime absolutista e aristocrático.
Duas das propostas:
· direito ao voto
· soberania popular
· cidadania política
· liberdade de religião
· liberdade de expressão
· igualdade perante a lei
· sistema político representativo
· estabelecimento do sistema republicano
· estabelecimento de regimes parlamentares
· divisão do poder político em três instâncias: Executivo, Legislativo e Judiciário

11) e

12) b

13) b

14) b

15) a) Queda (ou tomada) da Bastilha – Marco inicial da Revolução, responsável pelo fim da Monarquia Absolutista francesa ou pela queda do Antigo Regime na França.
Participação popular na Revolução – o movimento revolucionário contou com ativa participação de variados segmentos sociais, entre estes os chamados sans-cullotes.

b) Fim da servidão e dos privilégios da Nobreza e do Rei – extinção dos deveres servis e abolição dos benefícios sociais dos nobres e as regalias da Coroa. Entre outros privilégios cita-se a extinção dos Estados Gerais, onde o primeiro e o segundo estados se aliavam em detrimento do povo e da burguesia.
                Constituição Civil do Clero – subordinação da Igreja ao Estado o qual nomeava o Clero, e confisco dos bens da Igreja.
                Queda do absolutismo – a Revolução Francesa representou a ruptura com a monarquia absolutista, instituindo, inicialmente, uma monarquia de natureza constitucional nos moldes liberais e, posteriormente, a República.
                Ascensão política da burguesia – apesar de sua anterior ascensão econômica, a burguesia francesa era impedida, pelo absolutismo, de exercer uma maior participação política. Com o triunfo da Revolução, ocorreu o seu efetivo controle do poder na França.
                Radicalização política / polarização social – as repercussões do processo revolucionário provocaram acentuada radicalização política, configurada nos embates entre Jacobinos X girondinos, reivindicações dos Sans-cullotes e camponeses, revolucionários X monarquistas. Início dos movimentos socialistas e de esquerda em geral.
                Repercussão na crise do Antigo Sistema Colonial / difusão dos ideais liberais – o triunfo da Revolução Francesa, ao enfraquecer o absolutismo típico das metrópoles européias, contribuiu para o desencadeamento dos movimentos de emancipação política das colônias americanas, influenciados pelos ideais iluministas, base teórica da Revolução.
                Resistência das monarquias absolutistas – o temor da expansão dos ideais revolucionários, dos quais a Revolução Francesa era o símbolo, acarretou a formação de alianças entre as monarquias absolutistas européias (a exemplo da Prússia e da Áustria).
                Ascensão de Napoleão – no rastro do processo revolucionário, Napoleão Bonaparte galgou a hierarquia do Exército francês e, a partir de 1799, com o golpe do 18 Brumário, representou a consolidação dos interesses da burguesia.
                Quebra dos princípios mercantilistas / impulso ao processo de industrialização francesa – a defesa dos ideais liberais, presentes nos revolucionários franceses, levaram à quebra dos princípios mercantilistas e lançaram as bases do capitalismo e da industrialização na França.
                Crescente rivalidade econômica com a Inglaterra / Bloqueio Continental – ao lançar as bases do liberalismo econômico e o seu concomitante desenvolvimento de natureza capitalista a Revolução, e seus desdobramentos, atraíram para a França a acirrada concorrência da economia britânica. Em retaliação, Napoleão decretou o Bloqueio Continental com o objetivo de sufocar a economia inglesa.
                Difusão dos direitos universais do homem – o ideário liberal, base teórica da Revolução, propunha a consolidação dos direitos essenciais à pessoa humana (liberdade, igualdade e propriedade), em certa medida negados pelo Antigo Regime.

16) c



quinta-feira, 16 de maio de 2013

9º ano

1- As duas primeiras décadas da história do Brasil no século XX foram marcadas pela eclosão de diversos movimentos sociais, rurais e urbanos, entre os quais se inclui a(o):
a) Guerra do Contestado, resultado da reação da oligarquia paranaense ao capital estrangeiro ligado à exploração da erva-mate e das ferrovias.
b) Guerra de Canudos, movimento restaurador e socialista que conflagrou o sertão nordestino.
c) Revolta da Chibata, representando a influência dos ideais Tenentistas sobre soldados e marinheiros.
d) Cangaço, revolução ideológica da população nordestina contrária ao coronelismo.
e) Movimento Operário com expressiva presença dos trabalhadores imigrantes e forte influência dos ideais anarquistas.


2-São características do período republicano brasileiro, compreendido entre os anos de 1889 e 1930, EXCETO:
a) estabelecimento da "Política do café com leite", legitimada pelos Partidos Republicanos.
b) implantação do voto censitário nos vários estados da federação.
c) exclusão política dos setores subalternos e marginalizados.
d) aparecimento de movimentos sociais como Canudos e o Cangaço.
e) predomínio dos grupos agrários sob hegemonia dos cafeicultores paulistas.



3- A Revolução de 1930 possibilitou uma divisão entre as oligarquias agrárias; o tenentismo provocou uma desestabilização na hierarquia militar; a fraqueza da burguesia, o chamado "vazio do poder". Que alternativa a seguir responde por esse "vazio do poder"?
a) A Revolução Constitucional de São Paulo de 1932 tentou preencher esse "vazio", procurando aliança com outros estados, como Rio Grande do Sul.
b) A deposição de Vargas em 1945 e a tentativa dos militares em chegar ao poder.
c) A formação de duas forças políticas antagônicas: a Ação Integralista Brasileira, e a Aliança Nacional Libertadora.
d) A fundação do Partido Comunista Brasileiro e sua aliança com o PTB de Vargas.
e) A política dos governadores e o aparecimento de movimentos como o de Antônio Conselheiro, em Canudos na Bahia.

4- O tenentismo foi um movimento empreendido por jovens oficiais militares durante a Primeira República. Dentre as alternativas a seguir, aponte a que se identifica com as aspirações desse movimento:
a) A moralização dos costumes e a idéia de soldados-corporação.
b) A idéia do soldado-cidadão que devia intervir no processo político, a defesa do voto secreto, a centralização do poder e a independência do poder judiciário, e o ensino público.
c) A defesa do voto secreto e universal, incluindo os analfabetos e mulheres e a reforma administrativa na direção da descentralização do poder.
d) A centralização do poder do Estado, a reforma do Ensino e a intervenção "moderadora" nos movimentos populares e nos governos civis despreparados, dentro do princípio do "soldado-profissional."
e) Apoio às oligarquias locais, incentivo ao ensino privado e religioso, moralização da administração pública e o recolhimento dos militares aos quartéis.


5- A hegemonia política dos estados economicamente fortes e populosos, São Paulo e Minas Gerais, durante a República Velha, foi viabilizada através:
a) do apoio de grupos militares vinculados ao Tenentismo.
b) da política dos governadores que, articulando os governos estadual e federal, anulava totalmente a oposição.c) de movimentos sociais populares de apoio ao Estado oligárquico.
d) da instituição do voto secreto e fim da representação proporcional.
e) da Constituição de 1891, que estabeleceu um Estado unitário e fortemente centralizado.