quinta-feira, 30 de maio de 2013

CNSG 2º ANO

Iluminismo e Revolução Francesa

01. (PUC-RS/2011) Considere o texto abaixo, do filósofo John Locke (1623- 1704), extraído da obra Sobre o Governo Civil.

                Se o homem em estado de natureza está tão livre quanto se disse, se é senhor absoluto de sua pessoa e bens (...), sem estar sujeito a quem quer que seja, por que abandonará sua liberdade? Por que (...) se sujeitará ao domínio e controle de algum outro poder? Ao que é evidente responder que, embora em estado de natureza tenha esse direito, o seu gozo é muito incerto (...), a fruição da propriedade que tem nesse estado é muito arriscada e muito insegura; e não é sem razão que procura e está disposto a formar com outros uma sociedade (...) para a preservação mútua de suas vidas, liberdades e bens, a que chamo pelo nome geral de – propriedade.

Apud FENTON, Edwin. 32 problemas na história universal. São Paulo: Edart, 1974, p. 90-1.

                Considerado um dos fundadores do pensamento liberal, Locke, no texto, examina os motivos que levam os indivíduos a saírem do “estado de natureza”, fundando a chamada “sociedade política” (o Estado).
O conceito de propriedade está no centro desses motivos, sendo esta considerada como

a) uma concessão parcial da sociedade política aos indivíduos.
b) uma prerrogativa que nasce com o estabelecimento da sociedade política.
c) o fundamento moral para o exercício do poder absoluto do Estado.
d) o fruto material da exploração do homem pelo homem.
e) um direito natural a ser protegido pela sociedade política.

02. (UNESP/2011)

                E a verdade, o que será? A filosofia busca a verdade, mas não possui o significado e substância da verdade única. Para nós, a verdade não é estática e definitiva, mas movimento incessante, que penetra no infinito. No mundo, a verdade está em conflito perpétuo. A filosofia leva esse conflito ao extremo, porém o despe de violência. Em suas relações com tudo quanto existe, o filósofo vê a verdade revelar-se a seus olhos, graças ao intercâmbio com outros pensadores e ao processo que o torna transparente a si mesmo. Eis porque a filosofia não se transforma em credo. Está em contínuo combate consigo mesma.

(Karl Jaspers, 1971.)

                Com base no texto, responda se a verdade filosófica pretende ser absoluta, justificando sua resposta com uma passagem do texto citado. Ainda de acordo com o fragmento, explique como podemos compreender os conflitos entre filosofia e religião e cite o principal movimento filosófico ocidental do período moderno que se caracterizou pelos conflitos com a religião.

03. (UNESP/2011)  

                O Iluminismo é a saída do homem de um estado de menoridade que deve ser imputado a ele próprio. Menoridade é a incapacidade de servir-se do próprio intelecto sem a guia de outro. Imputável a si próprios é esta menoridade se a causa dela não depende de um defeito da inteligência, mas da falta de decisão e da coragem de servir-se do próprio intelecto sem ser guiado por outro. Sapere aude! Tem a coragem de servires de tua própria inteligência!

(Immanuel Kant, 1784.)

                Esse texto do filósofo Kant é considerado uma das mais sintéticas e adequadas definições acerca do Iluminismo. Justifique essa importância comentando o significado do termo “menoridade”, bem como os fatores sociais que produzem essa condição, no campo da religião e da política.

04. (UPE/2011)

                O Iluminismo foi um movimento intelectual, portador de uma visão unitária do mundo e do homem, apesar da diversidade de leituras que lhe são contemporâneas, conservou uma grande certeza quanto à racionalidade do mundo e do homem, a qual seria imanente em sua essência.

FALCON, F. J. C. Iluminismo, São Paulo: Ática, 1986. Adaptado.

Suas principais linhas de força foram:

a) o pensamento crítico, o primado da razão, a antropologia e a pedagogia.
b) a ideia de progresso, a antropologia, a manutenção das tradições e a explicação racional para tudo.
c) o direito coletivo, o direito à propriedade, o primado da razão, a ideia de progresso.
d) o sentimento humanitário, a futilidade da guerra, a manutenção das tradições e a explicação racional para tudo.
e) a ideia de socialismo, o pensamento crítico, o antropocentrismo e o naturalismo.

05. (UNICAMP/2011)

                Na segunda metade do século XVIII, pensadores importantes, como Denis Diderot, atacaram os próprios fundamentos do imperialismo. Para esse filósofo, os seres humanos eram fundamentalmente formados pelas suas culturas e marcados pelas diferenças culturais, não existindo o homem no estado de natureza. Isso levava à ideia de relatividade cultural, segundo a qual os povos não podiam ser considerados superiores ou inferiores a partir de uma escala universal de valores.

(Adaptado de Sankar Muthu, Enlightenment Against Empire Princeton: Princeton University Press, 2003, p. 258, 268.)

a) Segundo o texto, como as ideias de Denis Diderot se opunham ao imperialismo?
b) No pensamento de Jean-Jacques Rousseau, qual a relação entre a ideia de “homem no estado de natureza” e a organização das sociedades civilizadas?

06. (UEG/2010) Hegel, prosseguindo na árdua tarefa de unificar o dualismo de Kant, substituiu o eu de Fichte e o absoluto de Schelling por outra entidade: a ideia. A ideia, para Hegel, deve ser submetida necessariamente a um processo de evolução dialética, regido pela marcha triádica da

a) experiência, juízo e raciocínio.
b) realidade, crítica e conclusão.
c) matéria, forma e reflexão.
d) tese, antítese e síntese.

07. (UNIFORE/2010)  

                Apesar de Rousseau trazer a tona a democracia direta ateniense, ele próprio convenceu-se da impossibilidade de tal modelo, em face das grandes extensões territoriais dos Estados, das grandes concentrações populacionais, (devemos levar em conta que as metrópoles estavam em pleno crescimento na época de Rousseau), da complexidade da sociedade, e da falta de consenso social cultural.

Disponível em:http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas/ index.php/buscalegis/article/viewFile/15671/15235. Acesso em: 13/05/2010. (com adaptações)

                Segundo a hipótese levantada, é correto afirmar que Rousseau

a) trouxe polêmicas que conflitavam com a recente democracia liberal burguesa, que em suas idéias, sustentou novas discussões para as futuras teorias socialistas.
b) trouxe polêmicas que conflitavam com a recente democracia social da burguesia, que em suas idéias, sustentou novas discussões para as futuras teorias comunistas.
c) trouxe polêmicas que conflitavam com a recente democracia censitária burguesa, que em suas idéias, sustentou novas discussões para as futuras teorias liberais.
d) trouxe polêmicas que conflitavam com a recente democracia liberal moderna, que em suas idéias, sustentou novas discussões para as futuras teorias socialistas.
e) trouxe polêmicas que conflitavam com a recente democracia liberal representativa, que em suas idéias, sustentou novas discussões para as futuras teorias socialistas.

08. (UFG/2010) Leia e compare os documentos.

                O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Três razões fazem ver que a monarquia hereditária é o melhor governo. A primeira é que é o mais natural e se perpetua por si próprio. A segunda razão é que esse governo é o que interessa mais na conservação do Estado e dos poderes que o constituem: o príncipe, que trabalha para o seu Estado, trabalha para seus filhos. A terceira razão retira-se da dignidade das casas reais.

BOSSUET, Jacques-Bénigne. A política inspirada na Sagrada Escritura.  In: FREITAS,Gustavo de. 900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano, 1977. (Adaptado).

                Nenhum homem recebeu da natureza o direito de comandar os outros. A liberdade é um presente do céu, e cada indivíduo da mesma espécie tem o direito de gozar dela logo que goze da razão. Toda autoridade (que não a paterna) vem duma outra origem, que não é a da natureza. Examinando-a bem, sempre se fará remontar a uma dessas duas fontes: ou a força e violência daquele que dela se apoderou; ou o consentimento daqueles que lhe são submetidos, por um contrato celebrado ou suposto entre eles e a quem deferiram a autoridade.

DIDEROT, Denis. Autoridade política. In: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano, 1977.

                O primeiro documento data de 1708, ao passo que o segundo faz parte da Enciclopédia, cujos volumes foram publicados entre 1751 e 1780. Ambos os escritos tratam do poder político e da relação entre governantes e governados, expressando perspectivas distintas. Nesse sentido, identifique e explique os princípios presentes em cada um dos documentos, que definiram a relação entre governantes e governados.

09. (UFG 2011/1) Leia os trechos a seguir.

1. Os homens nascem e permanecem iguais em direitos. As distinções sociais só podem ser baseadas na utilidade comum.
2. O objetivo de toda associação política é a preservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.

Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, 1789.

ARTIGO 2o Todo ser humano pode fruir de todos os direitos e liberdades apresentados nesta Declaração, sem distinção de qualquer sorte, como raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra ordem, origem nacional ou social, bens, nascimento ou qualquer outro status. Além disso, nenhuma distinção deve ser feita com base no status político, jurisdicional ou internacional do país ou território a que uma pessoa pertence, seja ele território independente, sob tutela, não autônomo ou com qualquer outra limitação de soberania.

Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948. HUNT, Lynn. A invenção dos direitos humanos: uma história. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 226; 230.

                Comparando as declarações e considerando os respectivos contextos históricos em que foram produzidas, a distinção apreendida indica que a proclamação dos direitos em

10. (UERJ/2011)


Candidatos a presidente da República do Brasil em 1989: Mário Covas, Aureliano Chaves, Luis Inácio Lula da Silva, Guilherme Afif Domingos, Fernando Collor de Mello, Paulo Maluf, Ronaldo Caiado, Roberto Freire, Leonel Brizola, Ulysses Guimarães.

                O Jornal do Brasil aproveitou a corrida eleitoral pela presidência do Brasil em 1989 e consultou a opinião dos candidatos para a seguinte questão: “Se o senhor tivesse vivido a Revolução Francesa, que personagem da época gostaria de ter encarnado?” A maioria preferiria ter sido povo. Dois gostariam de ter sido filósofos. Ninguém quis ser político. Mas, curiosamente, aqueles que queriam ser povo ou filósofo em 1789, duzentos anos depois, almejavam a presidência.
                O dia 14 de julho de 1789, data da queda da Bastilha, é considerado pelos historiadores um marco da Revolução Francesa.
                Considerando o contexto político da França em 1789, explique a importância simbólica da queda da Bastilha para o movimento revolucionário francês.
                Apresente, também, duas propostas da Revolução Francesa que ainda façam parte da ordem política contemporânea.

11. (UDESC/2011) Entre 1789 e 1799, a França atravessou um período profundamente transformador conhecido por Revolução Francesa. Em relação às características desse processo revolucionário e seus desdobramentos, analise cada proposição e assinale (V) para verdadeira ou (F) para falsa.

(   ) A França foi inovadora, pois não havia notícias de uma Revolução de Caráter Burguês e Liberal na Europa do século XVIII.
(   ) Durante os dez anos do processo revolucionário, houve uma série de acordos que garantiram uma transição tranquila e pacífica da Monarquia Absolutista para a República Federativa.
(   )          A Revolução Francesa pode ser subdividida em quatro momentos: a Assembleia Constituinte, a Assembleia Legislativa, a Convenção e o Diretório.
(   ) A Revolução Francesa disseminou nova concepção política e organizacional do Estado; suas ideias influenciaram a disseminação de guerras e conflitos e seus ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade passaram a ser buscados por quase todas as nações do mundo contemporâneo.

                Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

a) V – F – V – F
b) V – V – F – F
c) F – V – V – V
d) V – V – V – V
e) F – F – V – V

12. (UFTM/2011) O esquema refere-se à situação da receita e da despesa do Estado francês na década de 1780.

(Anne Bernet. Sem nenhum tostão em caixa. In História Viva, 2004.)

                A partir da observação dos dados, pode-se inferir:

a) o equilíbrio da economia do país, obtido pela administração centralizada, típica do absolutismo.
b) a fragilidade das contas públicas, agravada pelo envolvimento do país em guerras externas, que aprofundaram a crise econômica.
c) a importância das taxas pagas pela nobreza, que compunham grande parte das receitas do poder público.
d) a necessidade de se aumentar o controle das fronteiras, para evitar a evasão de divisas para outros países europeus.
e) os efeitos das revoltas camponesas, que desestruturaram a produção rural e diminuíram a arrecadação de impostos.

13. (UESPI/2011) Uma análise da Revolução Francesa permite perceber sua importância política, sem deixar de ressaltar sua violência e suas contradições. Na sua Declaração dos Direitos Humanos e do Cidadão:

a) destacava-se a condenação à propriedade privada e ao capitalismo.
b) definia-se a vitória dos ideais do liberalismo, favoráveis à elite da época.
c) negava-se o valor da escravidão, embora não atacasse a sua existência nas colônias europeias.
d) afirmava-se a igualdade universal perante a lei, sem respeitar os limites desejados pela burguesia.
e) defendia-se a submissão das colônias, mas se omitia em relação aos danos da censura e da propriedade.

14. (UFAL/2011) Os estudos sobre a Revolução Francesa, comumente, dividem-na em etapas sucessivas, considerando-se a primeira delas, a chamada Fase da Assembleia Nacional, vivenciada entre os anos de 1789 e 1791. Essa fase se caracterizou pela:

a) abolição dos privilégios feudais, formação da primeira Coligação contra a França, liderada pela Inglaterra e, ainda, pela definição de lugares específicos a serem ocupados pelos deputados constituintes nas reuniões.
b) aprovação em Paris da Assembleia dos Estados Gerais, que aboliu os privilégios feudais, determinou o confisco dos bens da Igreja e proclamou a Primeira Constituição da França.
c) morte do rei Luis XVI, guilhotinado na Praça da Revolução, e pela formação da Primeira Coligação contra a França, encabeçada pela Inglaterra.
d) prisão dos líderes Girondinos, Marat, Hèbert, Danton, Saint-Just e Robespierre.
e) implantação do regime do terror, caracterizado pela prática de atos de violência contra os opositores do governo revolucionário.

15. (UFRN/2010) A imagem abaixo, uma pintura a guache de Claude Cholat, vendedor de vinhos no final do século XVIII, retrata um episódio da Revolução Francesa.

VICENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo.  História para o ensino médio: história geral e do Brasil.  São Paulo: Scipione, 2001. p. 294.

a) Identifique o acontecimento retratado por Claude Cholat e explicite o significado histórico desse acontecimento.

b) Mencione e explique duas repercussões da Revolução Francesa.

16. (UEG/2010)

Marchemos filhos da Pátria,
O dia de glória chegou;
Contra nós, a tirania,
O estandarte sangrento levantou. (bis)
Ouvis bramir pelos campos
Esses ferozes soldados?
Eles vêm degolar
Nossos filhos, nossas companheiras.

A Marselhesa. (Tradução fornecida pelo Consulado da França em São Paulo). In: RODRIGUE, J. E. História em documento. São Paulo: FTD, 2001. p. 52.

                O texto citado é uma das estrofes que compõem A Marselhesa, o hino nacional da França, composto em abril de 1792 por Rouget de Lisle. Dentro do contexto político-social em que a canção foi composta, os termos “tirania” e “ferozes soldados”, respectivamente, indicam:

a) a Inquisição católica e as tropas inglesas.
b) a ditadura jacobina e as tropas russas.
c) o Absolutismo e as tropas austro-prussianas.
d) o Feudalismo e as tropas espanholas.









Gabarito

1) e

2) O texto deixa claro que a filosofia não busca uma verdade absoluta ao afirmar, por exemplo, que a verdade “não possui o significado e substância da verdade única” (o candidato também poderia selecionar o trecho que diz que a verdade “não é estática e definitiva, mas movimento incessante”). Uma vez que a filosofia rejeita verdades absolutas, cria-se a possibilidade de conflitos com a religião, fundada em dogmas e textos sagrados. No período moderno, o movimento conhecido como Iluminismo criou um campo de atrito com a religião, a partir da crítica ao clero e ao irracionalismo de suas práticas e seu discurso.

3) De acordo com Kant, o termo menoridade refere-se “à incapacidade de servir-se do próprio intelecto sem a guia de outro”, ou seja, a incapacidade do pensamento de se desenvolver fora de um quadro de restrições institucionais representadas, por exemplo, pela Igreja e pela religião. No final do século XVIII, no contexto do Iluminismo e do processo revolucionário francês, a Igreja perde influência e ascende o Estado leigo, criando-se assim as condições sociais para a superação da “menoridade”.

4) a

5) a) De acordo com o texto, Diderot identificava e valorizava a existência de diferentes culturas. Desse modo, não acreditava na existência de uma base comum a partir da qual alguns povos evoluiriam mais e outros menos. Disso resultava que, na opinião dele, qualquer ação imperialista era um ato de agressão.

b) Segundo Rousseau, o desenvolvimento da civilização e de suas formas e instituições sociais cada vez mais complexas resultou na perda de uma ”inocência” primitiva comum a todos os homens. Assim, a sociedade seria responsável pela corrupção da virtude humana primordial.

6) d

7) a

8) O princípio que orienta o primeiro documento é o do direito divino dos Reis; já, no segundo, o princípio orientador é o da razão iluminista. Para os defensores do Absolutismo, como Jacques-Bénigne Bossuet (1627-1704), o poder político dos Reis emanava de Deus, sendo, portanto, um “poder divino” e determinado pelo nascimento (a hereditariedade sustentava a sucessão dinástica). Isso significa que a legitimidade dos monarcas é indiscutível e natural, constituindo, então, uma relação entre governantes e governados, na qual o primeiro tem autoridade e o segundo deve-lhe obediência e fidelidade, na categoria de súdito. Para os iluministas, em geral, e para Diderot (1713-1784), em particular, tal como se pode deduzir da leitura do fragmento, o poder político não é algo natural ou tomado como uma herança divina, uma vez que os homens, amparados pela razão, devem gozar de sua liberdade. Por isso, a relação entre governo e governado depende de fonte distinta: a força (o uso da violência) e o consentimento (o contrato).

09. d

10) Gab:
A queda da Bastilha simbolizou a vitória dos ideais revolucionários sobre o regime absolutista e aristocrático.
Duas das propostas:
· direito ao voto
· soberania popular
· cidadania política
· liberdade de religião
· liberdade de expressão
· igualdade perante a lei
· sistema político representativo
· estabelecimento do sistema republicano
· estabelecimento de regimes parlamentares
· divisão do poder político em três instâncias: Executivo, Legislativo e Judiciário

11) e

12) b

13) b

14) b

15) a) Queda (ou tomada) da Bastilha – Marco inicial da Revolução, responsável pelo fim da Monarquia Absolutista francesa ou pela queda do Antigo Regime na França.
Participação popular na Revolução – o movimento revolucionário contou com ativa participação de variados segmentos sociais, entre estes os chamados sans-cullotes.

b) Fim da servidão e dos privilégios da Nobreza e do Rei – extinção dos deveres servis e abolição dos benefícios sociais dos nobres e as regalias da Coroa. Entre outros privilégios cita-se a extinção dos Estados Gerais, onde o primeiro e o segundo estados se aliavam em detrimento do povo e da burguesia.
                Constituição Civil do Clero – subordinação da Igreja ao Estado o qual nomeava o Clero, e confisco dos bens da Igreja.
                Queda do absolutismo – a Revolução Francesa representou a ruptura com a monarquia absolutista, instituindo, inicialmente, uma monarquia de natureza constitucional nos moldes liberais e, posteriormente, a República.
                Ascensão política da burguesia – apesar de sua anterior ascensão econômica, a burguesia francesa era impedida, pelo absolutismo, de exercer uma maior participação política. Com o triunfo da Revolução, ocorreu o seu efetivo controle do poder na França.
                Radicalização política / polarização social – as repercussões do processo revolucionário provocaram acentuada radicalização política, configurada nos embates entre Jacobinos X girondinos, reivindicações dos Sans-cullotes e camponeses, revolucionários X monarquistas. Início dos movimentos socialistas e de esquerda em geral.
                Repercussão na crise do Antigo Sistema Colonial / difusão dos ideais liberais – o triunfo da Revolução Francesa, ao enfraquecer o absolutismo típico das metrópoles européias, contribuiu para o desencadeamento dos movimentos de emancipação política das colônias americanas, influenciados pelos ideais iluministas, base teórica da Revolução.
                Resistência das monarquias absolutistas – o temor da expansão dos ideais revolucionários, dos quais a Revolução Francesa era o símbolo, acarretou a formação de alianças entre as monarquias absolutistas européias (a exemplo da Prússia e da Áustria).
                Ascensão de Napoleão – no rastro do processo revolucionário, Napoleão Bonaparte galgou a hierarquia do Exército francês e, a partir de 1799, com o golpe do 18 Brumário, representou a consolidação dos interesses da burguesia.
                Quebra dos princípios mercantilistas / impulso ao processo de industrialização francesa – a defesa dos ideais liberais, presentes nos revolucionários franceses, levaram à quebra dos princípios mercantilistas e lançaram as bases do capitalismo e da industrialização na França.
                Crescente rivalidade econômica com a Inglaterra / Bloqueio Continental – ao lançar as bases do liberalismo econômico e o seu concomitante desenvolvimento de natureza capitalista a Revolução, e seus desdobramentos, atraíram para a França a acirrada concorrência da economia britânica. Em retaliação, Napoleão decretou o Bloqueio Continental com o objetivo de sufocar a economia inglesa.
                Difusão dos direitos universais do homem – o ideário liberal, base teórica da Revolução, propunha a consolidação dos direitos essenciais à pessoa humana (liberdade, igualdade e propriedade), em certa medida negados pelo Antigo Regime.

16) c



quinta-feira, 16 de maio de 2013

9º ano

1- As duas primeiras décadas da história do Brasil no século XX foram marcadas pela eclosão de diversos movimentos sociais, rurais e urbanos, entre os quais se inclui a(o):
a) Guerra do Contestado, resultado da reação da oligarquia paranaense ao capital estrangeiro ligado à exploração da erva-mate e das ferrovias.
b) Guerra de Canudos, movimento restaurador e socialista que conflagrou o sertão nordestino.
c) Revolta da Chibata, representando a influência dos ideais Tenentistas sobre soldados e marinheiros.
d) Cangaço, revolução ideológica da população nordestina contrária ao coronelismo.
e) Movimento Operário com expressiva presença dos trabalhadores imigrantes e forte influência dos ideais anarquistas.


2-São características do período republicano brasileiro, compreendido entre os anos de 1889 e 1930, EXCETO:
a) estabelecimento da "Política do café com leite", legitimada pelos Partidos Republicanos.
b) implantação do voto censitário nos vários estados da federação.
c) exclusão política dos setores subalternos e marginalizados.
d) aparecimento de movimentos sociais como Canudos e o Cangaço.
e) predomínio dos grupos agrários sob hegemonia dos cafeicultores paulistas.



3- A Revolução de 1930 possibilitou uma divisão entre as oligarquias agrárias; o tenentismo provocou uma desestabilização na hierarquia militar; a fraqueza da burguesia, o chamado "vazio do poder". Que alternativa a seguir responde por esse "vazio do poder"?
a) A Revolução Constitucional de São Paulo de 1932 tentou preencher esse "vazio", procurando aliança com outros estados, como Rio Grande do Sul.
b) A deposição de Vargas em 1945 e a tentativa dos militares em chegar ao poder.
c) A formação de duas forças políticas antagônicas: a Ação Integralista Brasileira, e a Aliança Nacional Libertadora.
d) A fundação do Partido Comunista Brasileiro e sua aliança com o PTB de Vargas.
e) A política dos governadores e o aparecimento de movimentos como o de Antônio Conselheiro, em Canudos na Bahia.

4- O tenentismo foi um movimento empreendido por jovens oficiais militares durante a Primeira República. Dentre as alternativas a seguir, aponte a que se identifica com as aspirações desse movimento:
a) A moralização dos costumes e a idéia de soldados-corporação.
b) A idéia do soldado-cidadão que devia intervir no processo político, a defesa do voto secreto, a centralização do poder e a independência do poder judiciário, e o ensino público.
c) A defesa do voto secreto e universal, incluindo os analfabetos e mulheres e a reforma administrativa na direção da descentralização do poder.
d) A centralização do poder do Estado, a reforma do Ensino e a intervenção "moderadora" nos movimentos populares e nos governos civis despreparados, dentro do princípio do "soldado-profissional."
e) Apoio às oligarquias locais, incentivo ao ensino privado e religioso, moralização da administração pública e o recolhimento dos militares aos quartéis.


5- A hegemonia política dos estados economicamente fortes e populosos, São Paulo e Minas Gerais, durante a República Velha, foi viabilizada através:
a) do apoio de grupos militares vinculados ao Tenentismo.
b) da política dos governadores que, articulando os governos estadual e federal, anulava totalmente a oposição.c) de movimentos sociais populares de apoio ao Estado oligárquico.
d) da instituição do voto secreto e fim da representação proporcional.
e) da Constituição de 1891, que estabeleceu um Estado unitário e fortemente centralizado.

terça-feira, 26 de março de 2013

A crise de 1929

1- NÃO pode ser considerado(a) consequência da crise econômica de 1929:
a) a retração do comércio internacional e da produção industrial, bem como a queda do preço das matérias-primas.
b) o crescimento do desemprego na Alemanha, país cuja economia era baseada na exportação de produtos industrializados.
c) o crescimento econômico da União Soviética baseado na Nova Política Econômica (NEP).
d) a eleição de Franklin Delano Roosevelt para a presidência dos Estados Unidos, com um programa de recuperação econômica.
e) o crescimento eleitoral do Partido Nazista na Alemanha.

2- Entre os fatores que ocasionaram a crise de 1929 nos EUA destaca(m)-se:
a) o protecionismo rígido, a escassez de crédito bancário e a superprodução.
b) a saturação do mercado, a crise na agricultura e o crash da bolsa de Nova York.
c) a superprodução, a saturação do mercado e a expansão desmedida do crédito bancário.
d) a adoção de programas de construção de obras financiadas pelo Estado para minorar o desemprego.
e) a excessiva oferta de terras e o protecionismo rígido.

3-
Considerando-se a crise econômica mundial iniciada, em 1929, com a quebra da Bolsa de Nova Iorque, é CORRETO afirmar que:
4-  A "Lei Seca". Entrou em
vigor a emenda constitucional XVIII, conhecida como "Lei Seca", que proibia a fabricação e venda de bebidas alcoólicas. Motivou o contrabando, a falsificação e o aparecimento do gangsterismo, em algumas cidades norte 

americanas, no
governo de:
a) Roosevelt
b) Woodrow Wilson
c) Truman
d) MacArthur
e) Lincoln

sexta-feira, 22 de março de 2013

Atividade 9º ano

01. (USP) A preocupação em isolar a França e obter o maior número possível de aliados caracterizou a política de um chefe de governo europeu no período de 1871 e 1890. Estamos no referindo a:

a) Lloyd George
b) Bismarck
c) Guilherme II
d) Cavour
e) Guilherme I


02. (UFRN) Em 1914, a crise balcânica atingiu um momento de grande tensão, quando a Áustria e a Sérvia entraram em atrito devido ao (à):

a) patrocínio da independência da Albânia pela Áustria, privando a Sérvia de uma saída para o mar;
b) anexação da Bósnia e Herzegovina pela Áustria;
c) tentativa da Áustria de anexar a Sérvia;
d) tentativa da Rússia de anexar a Sérvia;
e) n.d.a.


03. (OSEC) Um dos fatores da I Grande Guerra foi a rivalidade industrial entre a Alemanha e a Inglaterra, porque:

a) os ingleses temiam a penetração alemã em suas colônias, como se estava verificando na Austrália;
b) os alemães receavam o poderio econômico inglês, acreditando na eliminação da rivalidade por meio de uma guerra;
c) os alemães haviam obtido o controle comercial sobre o Império Otomano;
d) a Alemanha vinha dominando grande parte dos mercados de consumo até então pertencentes à Inglaterra;
e) n.d.a.


04. (USP) O assassinato do herdeiro do Império Austro-Húngaro em Sarajevo veio complicar a situação européia e ocasionou a eclosão da I Guerra Mundial. O personagem em questão era:

a) o Kaiser Guilherme
b) Francisco Fernando
c) Lloyd George
d) Nicolau Romanov
e) n.d.a.


05. (PUC) O fim da I Guerra Mundial trouxe, entre outras conseqüências:

a) a unificação política do Oriente Médio, sob a liderança do Egito;
b) o aparecimento de numerosos novos Estados, em virtude da desintegração dos Impérios Otomano, Austro- Húngaro e Russo;
c) a ampliação do território alemão, em detrimento com a Polônia;
d) a simplificação do mapa político da Eurásia pelo desaparecimento de numerosos pequenos Estados;
e) a dominação da Alemanha pelas forças de ocupação aliadas.


06. (OSEC) Presidente dos Estados Unidos durante a Guerra de 1914 - 1918:

a) Franklin Roosevelt
b) Churchill
c) Wilson
d) Theodore Roosevelt
e) n.d.a.


07. Qual dos fatores abaixo NÃO está ligado à I Guerra Mundial enquanto causa?

a) O Tratado de Frankfurt.
b) A crescente procura de mercados e matérias-primas.
c) A política agressiva de Bismarck.
d) A Crise Balcânica.
e) A disputa colonial.


08. Qual o acontecimento que em 1871 veio alterar o equilíbrio europeu?

a) A unificação da Alemanha.       
b) A derrota da França na Guerra Franco-Prussiana.
c) O início da industrialização da Rússia.
d) A dissolução da "Liga dos Três Imperadores".
e) O fim do Império de Napoleão III.


09. Em todos os sistemas de alianças formados por Bismarck, qual o país que foi sistematicamente excluído?

a) Áustria
b) Rússia
c) França
d) Itália
e) Grã-Bretanha


10. Qual dos países abaixo NÃO esta alinhado com as chamadas "Potências Centrais" durante a I Grande Guerra?

a) Turquia
b) Bulgária
c) Sérvia
d) Alemanha
e) Áustria-Hungria
 

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

CNSG 3 ano

  ATIVIDADE

1- CARACTERIZE A RÚSSIA SOB O PONTO DE VISTA POLÍTICO, ECONÔMICO E SOCIAL AS ESTERAS DA REVOLUÇÃO RUSSA.

2-  EXPLIQUE DE QUE MANEIRA A PARTICIPAÇÃO DA RÚSSIA NA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL,FAVORECEU A ECLOSÃO DA REVOLUÇÃO SOCIALISTA

3- EXPLIQUE A DIFERENÇAS EXISTENTES ENTRE OS PROJETOS POLITICO DEFENDIDOS PARA A RÚSSIA PÓS REVOLUCIONÁRIA  POR TRÓTSKI  E  STALIN.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

CNSG 3 º Ano Médio

IMPERIALISMO



TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
(Ufba 96) Na(s) questão(ões) a seguir escreva nos parênteses a soma dos itens corretos.
1. "... a América espanhola independente ingressou na órbita de dependência britânica, que perdurou até sua passagem para a órbita norte-americana, após a Primeira Guerra Mundial".
(CÁCERE.S, p. 181)
A análise do texto e os conhecimentos sobre Revolução Industrial e Imperialismo permitem afirmar:
(01) A relação de dependência referida no texto resultou da expansão do imperialismo industrial na América Latina, beneficiado pela fragmentação das ex-colônias espanholas, as quais constituíram-se novos mercados consumidores.
(02) O enfraquecimento do imperialismo britânico possibilitou a autonomia e o progresso econômico dos países latino-americanos.
(04) Ao contrário das ex-colônias espanholas, o Brasil entrou para a órbita da dependência norte-americana ao atingir sua emancipação política, em 1822.
(08) A intervenção armada, o controle político e a constituição de "áreas de influência" representam formas de dominação do imperialismo industrial na Afro-Ásia.
(16) A penetração imperialista do capital financeiro na produção industrial do Brasil, na segunda metade do século XIX, possibilitou o crescimento da indústria nacional e a conquista de sua autonomia na produção de bens de consumo.
Soma (

2. Entre o final do século XIX e início do XX, os países capitalistas desenvolvidos conseguiram dominar praticamente todo o mundo. Era o imperialismo. Analisando suas motivações e características, julgue os itens.
( ) As causas da expansão imperialista ligaram-se às transformações de estrutura capitalista geralmente enquadradas na Segunda Revolução Industrial e marcaram, o início do capitalismo monopolista e financeiro.
( ) Razões humanitárias e filantrópicas foram usadas para justificar a política imperialista; a Europa assume uma missão "civilizadora" .
( ) A década de 1870 conheceu uma crise econômica acompanhada de excedentes de capitais o que, por um lado, impossibilitava o reinvestimento na produção e por outro, tornava necessário encontrar áreas extra europeias para investir.


3. "No tempo em que vivemos e na crise que atravessam todas as indústrias européias, a fundação de uma colônia é a criação de uma válvula de escape". (Jules Ferry, colonialista francês).
Esse trecho de um discurso da segunda metade do século XIX refere-se ao imperialismo europeu e sobre o qual é correto afirmar que:
(01) Uma das preocupações fundamentais dos colonizadores era propiciar o desenvolvimento integrado das suas colônias.
(02) A expansão imperialista da Europa traduziu-se não só pela conquista de colônias, mas também pelo investimento de capitais em países independentes.
(04) A corrida colonial visava a conquista de matérias-primas e de mercados consumidores para as metrópoles.
(08) Entre as justificativas européias para as conquistas coloniais, havia também aquelas de ordem religiosa (converter os "pagãos") e de ordem cultural (era "dever" da Europa levar sua civilização para os povos que consideravam "atrasados").
(16) A expansão européia visando a conquista de novas colônias deu-se sobretudo na África e na Ásia.


5. TEXTO I: "Foi essa consciência de nossa superioridade inata que nos permitiu conquistar a Índia. Por mais educado e inteligente que seja um indiano, por mais valente que ele se manifeste e seja qual for a posição que possamos atribuir-lhe, penso que jamais ele será igual a um oficial britânico."
(Kitchener apud AQUINO, séc. XIX e XX, p. 23)
TEXTO II: "Se prevejo corretamente, essa poderosa raça avançará sobre o México, a América Central e a do Sul, as ilhas do oceano, a África e mais adiante (...) Essa raça está predestinada a suplantar raças fracas, assimilar outras e transformar as restantes, até toda a Humanidade ser anglo-saxonizada."
(Josiah Strong apud AQUINO, ibid, p. 99)
Com base na análise dos textos anteriores e nos conhecimentos sobre a crise do capitalismo e a solução imperialista, pode-se dizer:
(01) As referências raciais contidas nos dois textos identificam os seus autores como defensores de uma hierarquização racial e da dominação imperialista.
(02) A transformação do capitalismo liberal em monopolista, motivando uma crescente busca de mercados, resultou na interpretação da ocupação colonialista de áreas afro-asiáticas e centro-americanas como um direito dos países industrializados.
(04) As afirmações contidas no texto II expressam a convicção de Josiah Strong, no DESTINO MANIFESTO dos Estados Unidos, fundamento da expansão imperialista desse país.
(08) O pensamento expresso por Lord Kitchener foi partilhado pela sociedade inglesa do século XIX, contribuindo para que os britânicos vissem, na sua expansão imperialista, uma missão civilizadora sobre as raças inferiores da Ásia e da África.
(16) A ideia de "anglo-saxonizar toda a Humanidade" é demonstrativa da postura etnocêntrica que tem caracterizado todas as formas de dominação imperialista.
(32) O antigo sistema colonial e o imperialismo colonialista do século XIX, apesar das diferenças acentuadas, se igualam na estruturação da divisão social do trabalho.
(64) As correntes filosóficas e o desenvolvimento científico europeu do século XIX negaram veracidade às afirmativas contidas nos dois textos.
Soma ( )


6. (Fgv 2006) O genocídio que teve lugar em Ruanda, assim como a guerra civil em curso na República Democrática do Congo, ou ainda o conflito em Darfur, no Sudão, revelam uma África marcada pela divisão e pela violência. Esse estado de coisas deve-se, em parte,
a) às diferenças ideológicas que perpassam as sociedades africanas, divididas entre os defensores do liberalismo e os adeptos do planejamento central.
b) à intolerância religiosa que impede a consolidação dos estados nacionais africanos, divididos nas inúmeras denominações cristãs e muçulmanas.
c) aos graves problemas ambientais que produzem catástrofes e aguçam a desigualdade ao perpetuar a fome, a violência e a miséria em todo o continente.
d) à herança do colonialismo, que introduziu o conceito de Estado-nação sem considerar as características das sociedades locais.
e) às potências ocidentais que continuam mantendo uma política assistencialista, o que faz com que os governos locais beneficiem-se do caos.
7. (Unesp 93) Ao final do século passado, a dominação e a espoliação assumiam características novas nas áreas partilhadas e neocolonizadas. A crença no progresso, o darwinismo social e a pretensa superioridade do homem branco marcavam o auge da hegemonia européia. Assinale a alternativa que encerra, no plano ideológico, certo esforço para justificar interesses imperialistas.
a) A humilhação sofrida pela China, durante um século e meio, é algo inimaginável para os ocidentais.
b) A civilização deve ser imposta aos países e raças onde ela não pode nascer espontaneamente.
c) A invasão de tecidos de algodão do Lancashire desferiu sério golpe no artesanato indiano.
d) A diplomacia do canhão e do fuzil, a ação dos missionários e dos viajantes naturalistas contribuíram para quebrar a resistência cultural das populações africanas, asiáticas e latino-americanas.
e) O mapa das comunicações nos ensina: as estradas de ferro colocavam os portos das áreas colonizadas em contato com o mundo exterior.


8. (Unitau 95) A China, durante o seu império, sofrendo pressões de vários países, foi obrigada a ceder algumas partes do seu território a países europeus. Recentemente, um desses territórios, em poder do Reino Unido, foi devolvido ao governo chinês. Trata-se do território de:
a) Cingapura.
b) Macau.
c) Taiwan.
d) Hong-Kong.
e) Saigon.
9. (Fuvest 90) No século XIX a história inglesa foi marcada pelo longo reinado da rainha Vitória. Seu governo caracterizou-se:
a) pela grande popularidade da rainha, apesar dos poderes que lhe concedia o regime monárquico absolutista vigente.
b) pela expansão do Império Colonial na América, explorado através do monopólio comercial e do tráfico de escravos.
c) pelo início da Revolução industrial, que levou a Inglaterra a tornar-se a maior produtora de tecidos de seda.
d) por sucessivas crises políticas internas, que contribuíram para a estagnação econômica e o empobrecimento da população.
e) por grande prosperidade econômica e estabilidade política, em contraste com acentuada desigualdade social.
10. (Fatec 95) Segundo as teorias desenvolvimentistas, a guerra era concebida como:
a) uma necessidade de ampliar o mercado interno substituindo as importações.
b) uma política econômica tendendo a desvalorizar a produção agrícola.
c) uma forma de criar condições para a importação de tecnologia estrangeira.
d) um recurso complementar e necessário à importação de produtos primários.
e) uma política econômica que necessitava do apoio de todas as classes sociais para ser implementada.


11. (Cesgranrio 94) A industrialização acelerada de diversos países, ao longo do século XIX, alterou o equilíbrio e a dinâmica das relações internacionais. Com a Segunda Revolução Industrial emergiu o Imperialismo, cuja característica marcante foi o(a):
a) substituição das intervenções militares pelo uso da diplomacia internacional.
b) busca de novos mercados consumidores para as manufaturas e os capitais excedentes dos países industrializados.
c) manutenção da autonomia administrativa e dos governos nativos nas áreas conquistadas.
d) procura de especiarias, ouro e produtos tropicais inexistentes na Europa.
e) transferência de tecnologia, estimulada por uma política não intervencionista.
12. (Fei 95) De 1815 a 1891, a Inglaterra viveu um período de grande estabilidade política interna, combinada com grande desenvolvimento econômico, que possibilitou aos ingleses o domínio dos mares e a expansão colonialista. As principais realizações desse período se deram durante:
a) a Era Vitoriana.
b) a Revolução Gloriosa.
c) o governo de Henrique VIII.
d) o governo de Elizabeth I.
e) a instalação do anglicanismo.
13. (Puccamp 93) A Expansão Neocolonialista do século XIX foi acelerada essencialmente,
a) pela disputa de mercados consumidores para produtos industrializados e de investimentos de capitais em novos projetos, além da busca de matérias-primas.
b) pelo crescimento incontrolado da população européia, gerando a necessidade de migração para a África e Ásia.
c) pela necessidade de irradiar a superioridade da cultura européia pelo mundo.
d) pelo desenvolvimento do capitalismo comercial e das práticas do mercantilismo.
e) pela distribuição igualitária dos monopólios de capitais e pelo decréscimo da produção industrial.


15. (Unesp 89) O mundo europeu escandalizou-se com a rebelião dos Boxers (1900) e se surpreendeu, depois, com suas conseqüências, antecipando, de certo modo, os movimentos nacionalistas que iriam revolucionar a China no século XX. As relações entre os europeus e o governo imperial chinês, no entanto, contribuíram para alimentar reações e os ressentimentos populares sobre:
I - os privilégios comerciais concedidos aos comerciantes estrangeiros.
II - os navios a vapor, as estradas de ferro e os telégrafos.
III - os missionários europeus que desfrutavam do direito de residência e de pregação.
IV - a luta de boxe patrocinada, diariamente, pelos membros das comunidades diplomáticas estabelecidas em Pequim.
V - a intervenção dos missionários estrangeiros na administração dos governos locais.
Consideradas as proposições anteriores, assinale:
a) se apenas a quarta estiver correta.
b) se todas estiverem corretas.
c) se apenas a primeira, a segunda, a terceira e a quinta estiverem corretas.
d) se apenas a primeira e a quinta estiverem incorretas.
e) se apenas a segunda e a terceira estiverem incorretas.
16. (Udesc 96) A China desponta nos dias de hoje como uma das possíveis grandes potências do próximo século. Todavia, até meados do século XIX, ela era um país em grande parte isolado do restante do mundo e que, apesar de apresentar uma economia enfraquecida, resistia à voracidade dos interesses ocidentais. Naquela época os primeiros a quebrarem esse isolamento foram os ingleses
Assinale a ÚNICA alternativa que corresponde aos meios empregados pelos ingleses para impor à China o comércio e outras influências ocidentais:
a) a monopolização do comércio da região, pela Companhia das Índias Ocidentais;
b) a Guerra do Ópio, com ataques às cidades portuárias chinesas;
c) a assinatura de tratados de livre comercialização do chá chinês;
d) a Guerra dos Boers, levando ao extermínio os nativos da região;
e) a imposição à China de uma nova forma de governo com feições ocidentais.
17. (Mackenzie 96) Uma das alternativas a seguir NÃO corresponde às diferenças entre o colonialismo do século XVI e o Neocolonialismo do século XIX.
a) A principal área de dominação do Colonialismo europeu foi a América e o Neocolonialismo voltava-se para a África e a Ásia.
b) O Colonialismo teve como justificativa ideológica a expansão da fé cristã, enquanto que no Neocolonialismo, a missão civilizadora do homem branco foi espalhar o progresso.
c) Os patrocinadores do Colonialismo foram a burguesia financeiro-industrial e os Estados da Europa, América e Ásia, enquanto que os do Neocolonialismo, o Estado metropolitano europeu e sua burguesia comercial.
d) O Colonialismo buscava garantir o fornecimento de produtos tropicais e metais preciosos, enquanto que o Neocolonialismo, a reserva de mercados e o fornecimento de matérias-primas.
e) A fase do capitalismo em que o Colonialismo se desenvolveu denominou-se Capitalismo Comercial e a do Neocolonialismo, Capitalismo Industrial e Financeiro.
18. (Fuvest 82) A conquista da Ásia e da África, durante a segunda metade do século XIX, pela principais potências imperialistas objetivava
a) a busca de matérias primas, a aplicação de capitais excedentes e a procura de novos mercados para os manufaturados.
b) a implantação de regimes políticos favoráveis à independência das colônias africanas e asiáticas.
c) o impedimento da evasão em massa dos excedentes demográficos europeus para aqueles continentes.
d) a implantação da política econômica mercantilista, favorável à acumulação de capitais nas respectivas Metrópoles.
e) a necessidade de interação de novas culturas, a compensação da pobreza e a cooperação dos nativos.

19. (Fuvest 89) Uma das frases a seguir, atribuída a um pensador de fins do século XIX, indica a prática política que prevalecia nas relações internacionais da Europa de então. Qual?
a) Uma paz injusta deve ser preferida a uma guerra justa.
b) O que faz o Estado é a força em primeiro lugar, a força em segundo lugar e ainda outra vez a força.
c) A convivência pacífica do concerto das nações pede uma França forte, amiga de uma Alemanha forte, diante da aliança anglo-russa.
d) Não impedir que alemães ocupem território alemão é a vitória do bom senso sobre o formalismo dos tratados.
e) A lei e a ordem mundiais dependem de um Ocidente civilizado unido frente à ameaça asiática: esta é a missão do homem branco.
20. (Fuvest 87) A expansão colonialista européia do século XIX foi um dos fatores que levaram:
a) à diminuição dos contingentes militares europeus.
b) à eliminação da liderança industrial da Inglaterra.
c) ao predomínio da prática mercantilista semelhante à do colonialismo do século XVI.
d) à implantação do regime de monopólio.
e) ao rompimento do equilíbrio europeu, dando origem à Primeira Guerra Mundial.
21. (Mackenzie 96) Novas formas de organização das empresas surgiram no final do século XIX, cujas características são:
a) concentração de várias unidades de produção em grandes Companhias, Trustes ou Cartéis e a formação de "Holding Companies."
b) casas de créditos bancários, que realizaram operações de exploração de produtos tropicais através de companhias marítimas.
c) a limitação do capitalismo monopolista através da transferência das matrizes das empresas para países pequenos.
d) implementação de normas técnicas de predomínio da qualidade, ampliação da livre concorrência e instalação de filiais móveis.
e) empresas em que os trabalhadores, através das "holdings", participavam obrigatoriamente da distribuição dos lucros.
22. (G1) No final do século XIX, em decorrência do neocolonialismo, um violento conflito se deu entre China e Inglaterra, devido ao interesse britânico em impor seu domínio sobre a China.
O conflito a que se refere o texto foi:
a) a Guerra da Manchúria.
b) a Guerra dos Boers.
c) a Guerra dos Boxers.
d) a Guerra dos Cipaios.
e) a Guerra do Ópio.
23. (G1) A reação à presença inglesa na Índia pelos soldados nacionalistas hindus, é conhecida como:
a) Revolta dos Cipaios.
b) Rebelião dos Boers.
c) Guerra dos Boxers.
d) Terror Branco.
e) Conferência de Berlim.
24. (Cesgranrio 92) A Guerra dos Boxers - 1898 -1899 - é um dos conflitos mais significativos do final do século na China, pois tem implicações diretas na política imperialista européia e japonesa e está diretamente relacionada com:
I - a tomada de Kiaotcheu, em 1897, pelos alemães, que tem como conseqüência o desenvolvimento do sentimento de resistência à influência estrangeira.
II - a definição da política de "porta-aberta", imposta pelas potências imperialistas associadas para estabelecer a paz, que determinava facilidades comerciais para as potências ocidentais nos portos chineses a partir de 1900.
III - a constituição de um protetorado britânico, que assume o controle de Nanquim e Cantão e abre a China interior às potências européias com a exclusão da Alemanha.
Assinale a opção que contém a(s) afirmativa(s) correta(s):
a) Apenas I
b) Apenas I e II
c) Apenas I e III
d) Apenas II e III
e) Somente III

25. (Cesgranrio 90) A "partilha do mundo" (1870 -1914) resultou do interesse das potências capitalistas européias em:
a) investir seus capitais excedentes nas colônias, obter mercados fornecedores de matérias-primas e reservar mercados para seus produtos industrializados;
b) desenvolver a produção de gêneros alimentícios nas colônias, visando suprir as deficiências de grãos existentes na Europa na virada do século;
c) buscar "áreas novas" para a emigração, uma vez que a pressão demográfica na Europa exigia uma solução para o problema;
d) promover o desenvolvimento das colônias através da aplicação de capitais excedentes em programas sociais e educacionais;
e) favorecer a atuação dos missionários católicos junto aos pagãos e assegurar a livre concorrência comercial.
26. (Cesgranrio 90) As opções a seguir contêm fatos que caracterizam a expansão européia na Ásia, com EXCEÇÃO de uma. Assinale-a.
a) A política dos "tratados desiguais" imposta à China;
b) a dominação francesa na "Indochina" (Vietnã, Laos e Camboja);
c) A ocupação das Filipinas pelos norte-americanos em aliança com a Inglaterra;
d) O insucesso das ambições germânicas, limitadas em alguns portos chineses e ilhas do Pacífico;
e) O conflito russo-japonês pela posse da Coréia e da Mandchúria.
27. (Cesgranrio 91) Um dos aspectos mais importantes do sistema capitalista, na sua passagem do conteúdo liberal ao monopolista, é a associação entre:
a) os interesses bancários e os capitais oriundos da produção agrícola na forma do capital financeiro.
b) o capital bancário e o capital industrial na forma do capital financeiro.
c) o capital financeiro e o capital fundiário como forma de conservação dos ideais fisiocratas.
d) o Estado e a economia garantindo a manutenção da posição não-intervencionista do Estado na produção industrial.
e) o Estado e a economia através da distribuição dos lucros da produção industrial aos pequenos agricultores.
28. (Unirio 97) O processo de expansão do Imperialismo, na segunda metade do século XIX, relaciona-se corretamente com o(a):
a) fortalecimento do protecionismo comercial que, através da imposição de barreiras alfandegárias e da definição de zonas de influência dos países europeus na África e na Ásia, substituiu as práticas liberais pelo pacto colonial.
b) busca de novas áreas fornecedoras de capitais que garantissem os investimentos necessários à manutenção do crescimento econômico dos países europeus recém-industrializados, tais como a França e a Bélgica.
c) necessidade do estabelecimento de colônias fornecedoras de mão-de-obra especializada, que fossem, ao mesmo tempo, consumidoras de matérias-primas.
d) transformação do capitalismo industrial, em seu conjunto de atividades produtivas e comerciais, em capitalismo financeiro ou monopolista, controlado por grandes conglomerados financeiros.
e) retração demográfica européia e a conseqüente necessidade de reposição de mão-de-obra em diversas regiões industrializadas da Europa, tais como Londres e Manchester.


29. (Ufrs 96) Leia o seguinte testemunho do período do imperialismo.
"Eu estava ontem no East End (bairro operário de Londres) e assisti a uma reunião de desempregados. Ouvi discursos exaltados. Era um grito só: 'Pão! Pão!'. Revivendo toda a cena ao voltar a casa, senti-me ainda mais convencido do que antes da importância do imperialismo... A idéia que considero mais importante é a solução do problema social, a saber: para salvar os quarenta milhões de habitantes do Reino Unido de uma guerra civil destruidora, nós, os colonizadores, devemos conquistar novas terras a fim de nelas instalarmos o excedente de nossa população, de nelas encontrarmos novos mercados para os produtos de nossas fábricas e de nossas minas. O Império, sempre repeti, é uma questão de sobrevivência. Se vós quiserdes evitar a guerra civil, cumpre que vos torneis imperialistas."
(Cecil Rhodes, 1895.)
Segundo o comentário de C. Rhodes, pode-se afirmar que
I - o expansionismo imperialista era justificado como forma de evitar o acirramento da luta de classes no Reino Unido.
II - o caráter classista do imperialismo resolvia a desigualdade social existente nas metrópoles e na periferia.
III - a burguesia devia aumentar o arroxo salarial do proletariado metropolitano como forma de evitar a revolução socialista.
Quais afirmativas estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas I e III.
30. (Ufmg 97) Em 1891, Premph I, rei dos Ashanti, na Costa do Ouro (atual Gana, África), respondeu da seguinte forma a uma consulta:
"A proposta para o país Ashanti, na presente situação, colocar-se sob proteção de Sua Majestade a Rainha e Imperatriz da Índia foi objeto de exame aprofundado, mas me permitam dizer que chegamos à seguinte conclusão: meu reino, o Ashanti, jamais aderirá a tal política."
A partir do texto anterior, pode-se afirmar que a conquista da África pelos países europeus
a) baseou-se exclusivamente em operações militares.
b) contou com o apoio das populações militares.
c) encontrou resistência de chefes e reis africanos.
d) enfrentou a concorrência de impérios asiáticos.
31. (Ufmg 97) Todas as alternativas apresentam conflitos ligados à expansão imperialista das potências europeias na África e na Ásia, no século XIX, EXCETO
a) A disputa entre ingleses e boêres na África do Sul.
b) A disputa entre os interesses americanos e russos no Oriente.
c) Os conflitos para abrir o mercado chinês aos interesses ingleses.
d) Os movimentos de resistência africana contra a dominação estrangeira.
32. (Ufmg 97) Em relação à expansão imperialista na Ásia, na segunda metade do século XIX, pode-se afirmar que o Império Chinês foi
a) anexado ao Japão anulando a ameaça imperialista.
b) desmembrado em colônias pelas potências europeias.
c) dividido em zonas de influência pelos países ocidentais.
d) incorporado ao Império Britânico compondo a Commonwealth.


33. (Fatec 97) Ata Geral da Conferência de Berlim - 26 de fevereiro de 1885
"Capítulo I - Declaração referente à liberdade de
comércio na bacia do Congo...
Artigo 6Ž - Todas as Potências que exercem direitos de soberania ou uma influência nos referidos territórios comprometem-se a velar pela conservação dos aborígines e melhoria de suas condições morais e materiais de existência e a cooperar na supressão da escravatura e principalmente no tráfico de negros; elas protegerão e favorecerão, sem distinção de nacionalidade ou de culto, todas as instituições e empresas religiosas, críticas ou de caridade, criadas e organizadas para esses fins ou que tendam a instruir os indígenas e a lhes fazer compreender e apreciar as vantagens da Civilização."
Pela leitura do texto anterior, podemos deduzir que ele
a) demonstra que os interesses capitalistas voltados para investimentos financeiros eram a tônica do tratado.
b) caracteriza a atração exercida pela abundância de recursos minerais, notadamente na região, sul-saariana.
c) explícita as intenções de natureza religiosa do imperialismo, através da proteção à ação dos missionários.
d) revela a própria ideologia do colonialismo europeu ao se referir às "vantagens da Civilização".
e) reflete a preocupação das potências capitalistas em manter a escravidão negra.
34. (Uel 97) O fenômeno do Imperialismo ou Neocolonialismo no século XIX, que determinou a partilha da África e a dominação na Ásia, pelas potências européias, foi resultado da expansão do próprio capitalismo e da sua necessidade, sempre constante, de ampliação de mercados e áreas fornecedoras de matérias-primas e gêneros alimentícios. Assim sendo, é correto afirmar que a expansão imperialista:
a) deu-se por meios pacíficos, porque os povos africanos e asiáticos não possuíam uma tradição belicosa e guerreira e não desenvolveram nenhuma resistência à penetração européia em seus países.
b) deu-se com a elaboração de fortes justificativas ideológicas que enfatizavam a necessidade da missão civilizadora e humanitária dos europeus sobre os povos conquistados, considerados cultural e racialmente inferiores.
c) ocorreu em virtude da necessidade de se levar, para as novas áreas conquistadas, as grandes levas de trabalhadores desempregados pela utilização de maquinismos, em escala cada vez maior, na indústria européia, que eram vistos como uma ameaça à estabilidade social.
d) encontrou facilidades para se concretizar, em virtude das sangrentas lutas internas, travadas pelos povos africanos e asiáticos e da disposição das elites dirigentes de entregar o poder às potências europeias para se beneficiarem economicamente.
e) manteve as estruturas políticas e sociais dos povos africanos e asiáticos, conquistados com a estratégia de garantir-lhes a autonomia para a obtenção de maiores lucros e benefícios econômicos pelas potências europeias.
35. (Puccamp 96) "... a 'missão civilizadora' dos povos brancos utilizou-se das ciências da época para provar sua superioridade. (...) teorias proclamavam a desigualdade dos homens e das raças como lei irrevogável, destacando-se a biologia e a etnografia..."
O texto contém elementos que, servindo de respaldo ideológico, foram utilizados pelos europeus, no século XIX, para justificar a
a) reação dos americanos à política colonialista da Inglaterra.
b) ação colonizadora das missões jesuíticas nas colônias.
c) dominação e a aniquilação de povos pré-colombianos.
d) exploração e a subjugação de africanos e asiáticos.
e) expulsão dos povos árabes do mar Mediterrâneo.












36. (Pucpr 98) "... A natureza distribuiu desigualmente no planeta os depósitos e a abundância de suas matérias-primas; enquanto localizou o gênero inventivo das raças brancas e a ciência da utilização das riquezas naturais nesta extremidade continental que é a Europa, concentrou os mais vastos depósitos dessas matérias-primas nas Áfricas, Ásias tropicais, Oceanias equatoriais, para onde as necessidades de viver e de criar lançariam o elã dos países civilizados. Estas imensas extensões incultas, deveriam ser deixadas virgens, abandonadas à ignorância ou à incapacidade? ..."
(SARRAUT, A. GRANDEUR ET SERVITUDE COLONIALES, PARIS, 1931, p. 18-19)
O texto constituiu uma explicação que serviu para justificar:
a) o capitalismo imperialista no século XIX.
b) a política neoliberal e a globalização do século XX.
c) as grandes navegações e descobertas do século XV.
d) a revolução industrial do século XVIII.
e) o socialismo utópico no século XIX.
37. (Ufmg 98) A expansão neocolonial do final do século XIX pode ser associada a
a) busca de novas oportunidades de investimentos lucrativos para o capital excedente nos países industriais.
b) atração pelo entesouramento permitido pela conquista de regiões com jazidas de metais preciosos.
c) necessidade de expansão da influência da Igreja Católica frente ao aumento dos seguidores da Reforma.
d) divisão internacional do trabalho entre produtores de matérias primas e consumidores de produtos industrializados.
38. (Mackenzie 98) "Assumi o fardo do homem branco,
Enviai os melhores dos vossos filhos,
Condenai vossos filhos ao exílio
para que sejam os servidores de seus cativos"
Rudyard Kipling
A ideologia expressa por esse poeta, que recebeu em 1907 o prêmio Nobel de literatura, serviu para justificar o:
a) socialismo.
b) anarquismo.
c) imperialismo.
d) iluminismo.
e) mercantilismo.
39. (Uerj 97) Em 1895, Jules Ferry, na Câmara dos Deputados de Versalhes (França), defendia em um discurso a manutenção da política colonial francesa:
"Será que alguém pode negar que há mais justiça, mais ordem material e moral, mais equidade, mais virtudes sociais na África do Norte depois que a França realizou sua conquista?"
O texto acima fornece uma justificativa para o Imperialismo, indicada na seguinte alternativa:
a) nova concepção de colonização como sinônimo da igualdade racial
b) desenvolvimento do ideal liberal nas colônias como marco civilizatório
c) missão do homem branco como portador da civilização para as colônias afro-asiáticas
d) exploração européia das riquezas coloniais como base do desenvolvimento afro-asiático
40. (Puccamp 99) O desenvolvimento capitalista desencadeado pela Segunda Revolução Industrial provocou movimentos de ampliação de mercados consumidores e de aplicação de capitais. Como resultado da expansão do capitalismo no século XIX pode-se destacar
a) o neocolonialismo europeu na África e na Ásia.
b) a influência dos capitais norte-americanos na economia européia.
c) a disputa entre as potências ibéricas pelos mercados latino-americanos.
d) o fortalecimento econômico da Alemanha com o Tratado de Versalhes.
e) a elaboração de leis anti-trustes, com o objetivo de consolidar o poder dos cartéis.
41. (Uff 99) A expansão imperialista sobre os territórios asiáticos e africanos no decorrer do século XIX foi, antes de tudo, um ato de conquista.
A partir desta afirmativa, identifique a opção que indica a nação européia expansionista, a região colonizada e o movimento de resistência possíveis de inter-relacionar-se corretamente.
a) França/ Argélia/ Guerra do Boxers
b) Inglaterra/ Índia/ Revolta dos Cipaios
c) Inglaterra/ Sudão/ Revolta dos Boers
d) Portugal/ Angola/ MPLA
e) Alemanha/China/ Movimento Taiping


42. (Uerj 99) "Quase todos os dias temos a possibilidade de ler um longo artigo sobre a "nova África" e sua habilidade para "jogar novo sangue nas artérias do comércio há muito bloqueadas pela esclerose da corrupção", sem uma só menção aos aspectos sociais da questão. (...) Sabemos, entretanto, que a realidade é menos rósea, que é possível falar de pelo menos duas Áfricas (a pobre e menos pobre) e que a potência da imagem nos lembra quase todo dia que nem tudo que reluz é ouro."
("Jornal do Brasil", 11/10/98)
Apesar da apregoada "renascença africana", os conflitos continuam denominando o panorama daquele continente, que assistiu, em 1996, a confrontos em 14 dos seus 53 países. Essa violência marcante pode ser explicada por motivos que remontam ao processo de colonização européia no século XIX.
Um desses motivos é:
a) o rompimento da ordem tradicional tribal, em função dos interesses econômicos europeus
b) a composição de uma elite local educada na Europa, em oposição a uma burguesia comercial nativa
c) o desenvolvimento de diversos setores produtivos, em detrimento de uma economia de base primária
d) difusão de um ideal pan-africano, em virtude da atuação de intelectuais africanos diplomados em universidades estrangeiras
43. (Pucmg 99) Pela Convenção de Madri de 1880, as principais nações européias reconheceram a autonomia do Marrocos. Em abril de 1914, a França e a Inglaterra estabelecem bilateralmente a chamada "Entende Cordiale", através da qual a Grã-Bretanha teria total liberdade de ação no Egito, enquanto à França era entregue o Marrocos.
Pelo exposto, é CORRETO afirmar que, no período em questão:
a) habitualmente os interesses dos povos dominados representavam um fator de peso nas decisões tomadas pelas nações imperialistas.
b) apesar dos dispositivos de caráter internacional, a ação política das potências antes da Primeira Guerra era norteada pela força e pelo arbítrio.
c) era comum que os atritos entre os países europeus fossem superados através de uma arbitragem imparcial e inquestionável.
d) tornou-se fundamental garantir a ordem internacional, deslocando-se o poder para os Estados Unidos, pais alheio aos problemas europeus.
e) a existência de um organismo supranacional possibilitou que os princípios do direito internacional fossem efetivamente respeitados.
44. (Uel 99) Sobre Hong Kong, que foi devolvida ao governo da China Continental no dia 1 de Julho de 1997, depois de 155 anos de domínio britânico, pode-se afirmar que
a) o retorno de Hong Kong ao governo chinês resultou de um forte sentimento de nacionalismo de seus habitantes.
b) a reincorporação de Hong Kong à China decorreu da adesão deste país ao sistema capitalista.
c) a devolução de Hong Kong à China foi conseqüência do processo de globalização da economia.
d) a presença dos ingleses em Hong Kong pode ser entendida como uma prerrogativa da Igreja Anglicana.
e) o domínio britânico em Hong Kong decorreu da expansão do imperialismo inglês.

45. (Ufsm 99) Assinale a afirmativa correta em relação ao processo de colonização da África e da Ásia, realizado pelas principais potências mundiais, nos séculos XIX e XX.
a) O término do Apartheid, na África do Sul, só foi possível pela derrota dos exércitos ingleses na Guerra dos Bôeres.
b) O fim da escravidão, apesar de ser fundamental para a implantação do capitalismo na África, só ocorreu quando o MPLA (Movimento pela Libertação de Angola) tomou o poder em Angola.
c) A conquista colonial teve a finalidade de transformar a África e a Ásia em fornecedores de matérias-primas, consumidores de produtos industriais e receptores de investimentos das potências mundiais.
d) O Japão foi o país asiático que mais se beneficiou das colônias conquistadas na África, pois nelas instalou o seu excedente populacional, entre outros benefícios.
e) A chamada partilha da África foi conseqüência direta do Tratado de Paz de Versalhes, firmado entre os vencedores e os perdedores da 1• Guerra Mundial.
46. (Fuvest 2000) Na segunda metade do século XIX, em face do avanço do Ocidente na Ásia, a China
a) tornou-se, como a Índia, uma colônia, com a única diferença de ser dominada por várias potências e não apenas pela Inglaterra.
b) reagiu, como o Japão, realizando, ao mesmo tempo, um processo de restauração imperial e de modernização econômica.
c) manteve, formalmente, seu estatuto de Império Celestial, mas ao preço de enormes perdas e concessões às potências ocidentais.
d) conseguiu fechar-se ao Ocidente graças à Rebelião Taiping, depois de derrotada pela Inglaterra na Guerra do Ópio.
e) resistiu vitoriosamente a todas as agressões do Ocidente até Pequim ser saqueada durante a Guerra dos Boxers.
47. (Ufg 2000) Após a crise da sociedade liberal, no final do século XIX, a economia capitalista reorganiza-se e inicia um novo estágio de crescimento. As potências industriais, sobretudo os EUA e as nações européias ocidentais, iniciam uma expansão de caráter global, que fica conhecida na História como corrida imperialista. Esse surto expansionista termina por dividir política , econômica e geograficamente os continentes asiático, africano e americano.
Sobre o capitalismo imperialista, pode-se afirmar que
( ) nessa fase da economia capitalista, a empresa individual tende a ser substituída pelas sociedades anônimas que administram conglomerados transnacionais ou multinacionais: o Estado volta a intervir na economia, recriando o protecionismo, e o mercado passa ser dominado por oligopólios.
( ) os países europeus de industrialização tardia (Itália e Alemanha) chegam atrasados à partilha colonial e procuram, por meio do comércio, da diplomacia ou da guerra aberta, um espaço no mundo já dividido entre as grandes potências.
( ) o surto expansionista do grande capital, a partir de 1870, vinculando à chamada Segunda Revolução Industrial, é dinamizado pelo o uso de novas fontes de energia.
( ) o término da Primeira Guerra Mundial marca o fim da dominação colonial das potências imperialistas e a libertação dos povos da Ásia e a África.
48. (Uff 2000) A revolução Meiji é um evento da história do
Japão que determinou:
a) o processo de avanço do capitalismo internacional na área da Ásia e o movimento de defesa de um Japão socialista, próximo da experiência da China;
b) o movimento de defesa das tradições orientais que propunha a união com a China a fim de fortalecer as áreas orientais contra o imperialismo ocidental;
c) divisões internas das elites dirigentes decorrentes das diferentes visões com relação à cultura ocidental - os progressistas, aliados da China, e os conservadores, aliados dos países ocidentais reconheciam que a manutenção de uma estrutura fragmentada das ilhas limitava o desenvolvimento da agricultura e que a saída era a industrialização;
d) a modernização da estrutura econômica japonesa, facilitou a entrada de capital estrangeiro, o processo de urbanização e a alteração de valores, desencadeando a ocidentalização do Japão;
e) a defesa da propriedade privada com a eliminação das formas feudais de organização da terra e o incentivo às reformas agrárias vinculadas ao socialismo, bem como a manutenção das tradições, mediante o fechamento das relações com os países ocidentais e o avanço militar sobre o Império Russo.
49. (Unirio 2000) "O mundo está quase todo parcelado e o que dele resta está sendo dividido, conquistado, colonizado. Penso nas estrelas que vemos à noite, esses vastos mundos que jamais poderemos atingir. Eu anexaria os planetas se pudesse; penso sempre nisso. Entristece-me vê-los tão claramente e ao mesmo tempo tão distantes."
(Cecil Rhodes)
Esta frase, proferida por um dos grandes incentivadores da expansão imperialista de século XIX, expressa as novas formas de:
a) distribuição da riqueza global, norteadas pela manutenção do equilíbrio ecológico entre as nações do hemisfério sul do continente europeu.
b) constituição de megablocos econômicos, priorizando as economias periféricas, potencialmente mais desenvolvidas e ricas do que a Europa.
c) anexação territorial, objetivando a conquista de terras férteis e importação de mão-de-obra imigrante para o centro do capitalismo europeu.
d) globalização da economia e da informação, ultrapassando as fronteiras nacionais, suprimindo a intermediação do Estado Nacional.
e) cobiça pelos mercados da África e da Ásia, visando à exportação de capitais e ao consumo de produtos industriais dos países europeus.
50.

51. (Uerj 2000) O Império é o comércio.
Com esta frase, Joseph Chamberlain, estadista inglês, definia o imperialismo no final do século XIX.
Um dos fatores que contribui para a compreensão do imperialismo é:
a) constituição de impérios coloniais em bases autônomas
b) busca de mercados consumidores para as matérias-primas européias
c) procura de terras férteis nas colônias pelos grandes produtores europeus
d) necessidade de exportação de capitais excedentes para regiões extra-européias