Iluminismo
e Revolução Francesa
01. (PUC-RS/2011) Considere o texto abaixo,
do filósofo John Locke (1623- 1704), extraído da obra Sobre o Governo Civil.
Se o homem em estado de natureza está tão
livre quanto se disse, se é senhor absoluto de sua pessoa e bens (...), sem
estar sujeito a quem quer que seja, por que abandonará sua liberdade? Por que
(...) se sujeitará ao domínio e controle de algum outro poder? Ao que é
evidente responder que, embora em estado de natureza tenha esse direito, o seu
gozo é muito incerto (...), a fruição da propriedade que tem nesse estado é
muito arriscada e muito insegura; e não é sem razão que procura e está disposto
a formar com outros uma sociedade (...) para a preservação mútua de suas vidas,
liberdades e bens, a que chamo pelo nome geral de – propriedade.
Apud FENTON, Edwin. 32
problemas na história universal. São Paulo: Edart, 1974, p. 90-1.
Considerado
um dos fundadores do pensamento liberal, Locke, no texto, examina os motivos
que levam os indivíduos a saírem do “estado de natureza”, fundando a chamada
“sociedade política” (o Estado).
O conceito de propriedade está no centro
desses motivos, sendo esta considerada como
a) uma concessão parcial da sociedade
política aos indivíduos.
b) uma prerrogativa que nasce com o estabelecimento
da sociedade política.
c) o fundamento moral para o exercício do
poder absoluto do Estado.
d) o fruto material da exploração do homem
pelo homem.
e) um direito natural a ser protegido pela
sociedade política.
02. (UNESP/2011)
E a verdade, o que será? A
filosofia busca a verdade, mas não possui o significado e substância da verdade
única. Para nós, a verdade não é estática e definitiva, mas movimento
incessante, que penetra no infinito. No mundo, a verdade está em conflito
perpétuo. A filosofia leva esse conflito ao extremo, porém o despe de
violência. Em suas relações com tudo quanto existe, o filósofo vê a verdade
revelar-se a seus olhos, graças ao intercâmbio com outros pensadores e ao
processo que o torna transparente a si mesmo. Eis porque a filosofia não se
transforma em credo. Está
em contínuo combate consigo mesma.
(Karl Jaspers, 1971.)
Com
base no texto, responda se a verdade filosófica pretende ser absoluta,
justificando sua resposta com uma passagem do texto citado. Ainda de acordo com
o fragmento, explique como podemos compreender os conflitos entre filosofia e
religião e cite o principal movimento filosófico ocidental do período moderno
que se caracterizou pelos conflitos com a religião.
03. (UNESP/2011)
O Iluminismo é a saída do homem de um estado
de menoridade que deve ser imputado a ele próprio. Menoridade é a incapacidade
de servir-se do próprio intelecto sem a guia de outro. Imputável a si próprios
é esta menoridade se a causa dela não depende de um defeito da inteligência,
mas da falta de decisão e da coragem de servir-se do próprio intelecto sem ser
guiado por outro. Sapere aude! Tem a coragem de servires de tua própria
inteligência!
(Immanuel Kant, 1784.)
Esse
texto do filósofo Kant é considerado uma das mais sintéticas e adequadas
definições acerca do Iluminismo. Justifique essa importância comentando o
significado do termo “menoridade”, bem como os fatores sociais que produzem
essa condição, no campo da religião e da política.
04. (UPE/2011)
O Iluminismo foi um movimento intelectual,
portador de uma visão unitária do mundo e do homem, apesar da diversidade de
leituras que lhe são contemporâneas, conservou uma grande certeza quanto à
racionalidade do mundo e do homem, a qual seria imanente em sua essência.
FALCON, F. J. C.
Iluminismo, São Paulo: Ática, 1986. Adaptado.
Suas principais linhas de força foram:
a) o pensamento crítico, o primado da razão,
a antropologia e a pedagogia.
b) a ideia de progresso, a antropologia, a
manutenção das tradições e a explicação racional para tudo.
c) o direito coletivo, o direito à
propriedade, o primado da razão, a ideia de progresso.
d) o sentimento humanitário, a futilidade da
guerra, a manutenção das tradições e a explicação racional para tudo.
e) a ideia de socialismo, o pensamento
crítico, o antropocentrismo e o naturalismo.
05. (UNICAMP/2011)
Na segunda metade do século XVIII,
pensadores importantes, como Denis Diderot, atacaram os próprios fundamentos do
imperialismo. Para esse filósofo, os seres humanos eram fundamentalmente
formados pelas suas culturas e marcados pelas diferenças culturais, não
existindo o homem no estado de natureza. Isso levava à ideia de relatividade
cultural, segundo a qual os povos não podiam ser considerados superiores ou
inferiores a partir de uma escala universal de valores.
(Adaptado de Sankar Muthu, Enlightenment Against Empire Princeton:
Princeton University Press, 2003, p. 258, 268.)
a) Segundo o texto, como as ideias de Denis
Diderot se opunham ao imperialismo?
b) No pensamento de Jean-Jacques Rousseau,
qual a relação entre a ideia de “homem no estado de natureza” e a organização
das sociedades civilizadas?
06. (UEG/2010) Hegel, prosseguindo na árdua
tarefa de unificar o dualismo de Kant, substituiu o eu de Fichte e o absoluto
de Schelling por outra entidade: a ideia. A ideia, para Hegel, deve ser
submetida necessariamente a um processo de evolução dialética, regido pela
marcha triádica da
a) experiência, juízo e raciocínio.
b) realidade, crítica e conclusão.
c) matéria, forma e reflexão.
d) tese, antítese e síntese.
07. (UNIFORE/2010)
Apesar de Rousseau trazer a tona a
democracia direta ateniense, ele próprio convenceu-se da impossibilidade de tal
modelo, em face das grandes extensões territoriais dos Estados, das grandes concentrações
populacionais, (devemos levar em conta que as metrópoles estavam em pleno
crescimento na época de Rousseau), da complexidade da sociedade, e da falta de
consenso social cultural.
Disponível
em:http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas/ index.php/buscalegis/article/viewFile/15671/15235.
Acesso em: 13/05/2010. (com adaptações)
Segundo
a hipótese levantada, é correto afirmar que Rousseau
a) trouxe polêmicas que conflitavam com a
recente democracia liberal burguesa, que em suas idéias, sustentou novas
discussões para as futuras teorias socialistas.
b) trouxe polêmicas que conflitavam com a
recente democracia social da burguesia, que em suas idéias, sustentou novas
discussões para as futuras teorias comunistas.
c) trouxe polêmicas que conflitavam com a
recente democracia censitária burguesa, que em suas idéias, sustentou novas
discussões para as futuras teorias liberais.
d) trouxe polêmicas que conflitavam com a
recente democracia liberal moderna, que em suas idéias, sustentou novas
discussões para as futuras teorias socialistas.
e) trouxe polêmicas que conflitavam com a
recente democracia liberal representativa, que em suas idéias, sustentou novas
discussões para as futuras teorias socialistas.
08. (UFG/2010) Leia e compare os documentos.
O trono real não é o trono de um homem, mas
o trono do próprio Deus. Três razões fazem ver que a monarquia hereditária é o
melhor governo. A primeira é que é o mais natural e se perpetua por si próprio.
A segunda razão é que esse governo é o que interessa mais na conservação do
Estado e dos poderes que o constituem: o príncipe, que trabalha para o seu
Estado, trabalha para seus filhos. A terceira razão retira-se da dignidade das
casas reais.
BOSSUET,
Jacques-Bénigne. A política inspirada na Sagrada Escritura. In: FREITAS,Gustavo de. 900 textos e
documentos de História. Lisboa: Plátano, 1977. (Adaptado).
Nenhum homem recebeu da natureza o direito
de comandar os outros. A liberdade é um presente do céu, e cada indivíduo da
mesma espécie tem o direito de gozar dela logo que goze da razão. Toda
autoridade (que não a paterna) vem duma outra origem, que não é a da natureza.
Examinando-a bem, sempre se fará remontar a uma dessas duas fontes: ou a força
e violência daquele que dela se apoderou; ou o consentimento daqueles que lhe
são submetidos, por um contrato celebrado ou suposto entre eles e a quem
deferiram a autoridade.
DIDEROT, Denis.
Autoridade política. In: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de
História. Lisboa: Plátano, 1977.
O
primeiro documento data de 1708, ao passo que o segundo faz parte da
Enciclopédia, cujos volumes foram publicados entre 1751 e 1780. Ambos os
escritos tratam do poder político e da relação entre governantes e governados,
expressando perspectivas distintas. Nesse sentido, identifique e explique os
princípios presentes em cada um dos documentos, que definiram a relação entre
governantes e governados.
09. (UFG 2011/1) Leia os trechos a seguir.
1. Os
homens nascem e permanecem iguais em direitos. As distinções sociais só podem ser baseadas
na utilidade comum.
2. O
objetivo de toda associação política é a preservação dos direitos naturais e
imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a
segurança e a resistência à opressão.
Declaração dos
Direitos do Homem e do Cidadão, 1789.
ARTIGO
2o Todo ser humano pode fruir de todos os direitos e liberdades apresentados
nesta Declaração, sem distinção de qualquer sorte, como raça, cor, sexo,
língua, religião, opinião política ou de outra ordem, origem nacional ou social,
bens, nascimento ou qualquer outro status. Além disso, nenhuma distinção deve
ser feita com base no status político, jurisdicional ou internacional do país
ou território a que uma pessoa pertence, seja ele território independente, sob
tutela, não autônomo ou com qualquer outra limitação de soberania.
Declaração Universal
dos Direitos Humanos, 1948. HUNT, Lynn. A invenção dos direitos humanos: uma
história. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 226; 230.
Comparando
as declarações e considerando os respectivos contextos históricos em que foram
produzidas, a distinção apreendida indica que a proclamação dos direitos em
10. (UERJ/2011)
Candidatos a
presidente da República do Brasil em 1989: Mário Covas, Aureliano Chaves, Luis
Inácio Lula da Silva, Guilherme Afif Domingos, Fernando Collor de Mello, Paulo
Maluf, Ronaldo Caiado, Roberto Freire, Leonel Brizola, Ulysses Guimarães.
O
Jornal do Brasil aproveitou a corrida eleitoral pela presidência do Brasil em
1989 e consultou a opinião dos candidatos para a seguinte questão: “Se o senhor
tivesse vivido a Revolução Francesa, que personagem da época gostaria de ter
encarnado?” A maioria preferiria ter sido povo. Dois gostariam de ter sido
filósofos. Ninguém quis ser político. Mas, curiosamente, aqueles que queriam
ser povo ou filósofo em 1789, duzentos anos depois, almejavam a presidência.
O
dia 14 de julho de 1789, data da queda da Bastilha, é considerado pelos
historiadores um marco da Revolução Francesa.
Considerando
o contexto político da França em 1789, explique a importância simbólica da
queda da Bastilha para o movimento revolucionário francês.
Apresente,
também, duas propostas da Revolução Francesa que ainda façam parte da ordem
política contemporânea.
11. (UDESC/2011) Entre 1789 e 1799, a França atravessou
um período profundamente transformador conhecido por Revolução Francesa. Em
relação às características desse processo revolucionário e seus desdobramentos,
analise cada proposição e assinale (V) para verdadeira ou (F) para falsa.
( ) A França foi inovadora, pois não havia
notícias de uma Revolução de Caráter Burguês e Liberal na Europa do século
XVIII.
( ) Durante os dez anos do processo
revolucionário, houve uma série de acordos que garantiram uma transição
tranquila e pacífica da Monarquia Absolutista para a República Federativa.
( ) A
Revolução Francesa pode ser subdividida em quatro momentos: a Assembleia
Constituinte, a Assembleia Legislativa, a Convenção e o Diretório.
( ) A Revolução Francesa disseminou nova
concepção política e organizacional do Estado; suas ideias influenciaram a
disseminação de guerras e conflitos e seus ideais de Liberdade, Igualdade e
Fraternidade passaram a ser buscados por quase todas as nações do mundo
contemporâneo.
Assinale
a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
a)
V – F – V – F
b)
V – V – F – F
c)
F – V – V – V
d)
V – V – V – V
e) F – F – V – V
12. (UFTM/2011) O esquema refere-se à situação da receita e da despesa do
Estado francês na década de 1780.
(Anne Bernet. Sem nenhum tostão em caixa. In História
Viva, 2004.)
A partir da observação dos
dados, pode-se inferir:
a)
o equilíbrio da economia do país, obtido pela administração centralizada,
típica do absolutismo.
b)
a fragilidade das contas públicas, agravada pelo envolvimento do país em
guerras externas, que aprofundaram a crise econômica.
c)
a importância das taxas pagas pela nobreza, que compunham grande parte das
receitas do poder público.
d)
a necessidade de se aumentar o controle das fronteiras, para evitar a evasão de
divisas para outros países europeus.
e)
os efeitos das revoltas camponesas, que desestruturaram a produção rural e
diminuíram a arrecadação de impostos.
13. (UESPI/2011) Uma análise da Revolução
Francesa permite perceber sua importância política, sem deixar de ressaltar sua
violência e suas contradições. Na sua Declaração dos Direitos Humanos e do
Cidadão:
a) destacava-se a condenação à propriedade
privada e ao capitalismo.
b) definia-se a vitória dos ideais do
liberalismo, favoráveis à elite da época.
c) negava-se o valor da escravidão, embora
não atacasse a sua existência nas colônias europeias.
d) afirmava-se a igualdade universal perante
a lei, sem respeitar os limites desejados pela burguesia.
e) defendia-se a submissão das colônias, mas
se omitia em relação aos danos da censura e da propriedade.
14. (UFAL/2011) Os estudos sobre a Revolução
Francesa, comumente, dividem-na em etapas sucessivas, considerando-se a
primeira delas, a chamada Fase da Assembleia Nacional, vivenciada entre os anos
de 1789 e 1791. Essa fase se caracterizou pela:
a) abolição dos privilégios feudais, formação
da primeira Coligação contra a França, liderada pela Inglaterra e, ainda, pela
definição de lugares específicos a serem ocupados pelos deputados constituintes
nas reuniões.
b) aprovação em Paris da Assembleia dos
Estados Gerais, que aboliu os privilégios feudais, determinou o confisco dos
bens da Igreja e proclamou a Primeira Constituição da França.
c) morte do rei Luis XVI, guilhotinado na
Praça da Revolução, e pela formação da Primeira Coligação contra a França,
encabeçada pela Inglaterra.
d) prisão dos líderes Girondinos, Marat,
Hèbert, Danton, Saint-Just e Robespierre.
e) implantação do regime do terror,
caracterizado pela prática de atos de violência contra os opositores do governo
revolucionário.
15. (UFRN/2010) A imagem abaixo, uma pintura
a guache de Claude Cholat, vendedor de vinhos no final do século XVIII, retrata
um episódio da Revolução Francesa.
VICENTINO, Cláudio;
DORIGO, Gianpaolo. História para o
ensino médio: história geral e do Brasil.
São Paulo: Scipione, 2001. p. 294.
a) Identifique o acontecimento retratado por
Claude Cholat e explicite o significado histórico desse acontecimento.
b) Mencione e explique duas repercussões da
Revolução Francesa.
16. (UEG/2010)
Marchemos
filhos da Pátria,
O dia de
glória chegou;
Contra
nós, a tirania,
O
estandarte sangrento levantou. (bis)
Ouvis
bramir pelos campos
Esses
ferozes soldados?
Eles vêm
degolar
Nossos
filhos, nossas companheiras.
A Marselhesa.
(Tradução fornecida pelo Consulado da França em São Paulo ). In:
RODRIGUE, J. E. História em documento. São Paulo : FTD, 2001. p. 52.
O
texto citado é uma das estrofes que compõem A Marselhesa, o hino nacional da
França, composto em abril de 1792 por Rouget de Lisle. Dentro do contexto
político-social em que a canção foi composta, os termos “tirania” e “ferozes
soldados”, respectivamente, indicam:
a) a Inquisição católica e as tropas
inglesas.
b) a ditadura jacobina e as tropas russas.
c) o Absolutismo e as tropas
austro-prussianas.
d) o Feudalismo e as tropas espanholas.
Gabarito
1) e
2) O texto deixa claro que a filosofia não
busca uma verdade absoluta ao afirmar, por exemplo, que a verdade “não possui o
significado e substância da verdade única” (o candidato também poderia
selecionar o trecho que diz que a verdade “não é estática e definitiva, mas
movimento incessante”). Uma vez que a filosofia rejeita verdades absolutas,
cria-se a possibilidade de conflitos com a religião, fundada em dogmas e textos
sagrados. No período moderno, o movimento conhecido como Iluminismo criou um
campo de atrito com a religião, a partir da crítica ao clero e ao
irracionalismo de suas práticas e seu discurso.
3) De acordo com Kant, o termo menoridade refere-se
“à incapacidade de servir-se do próprio intelecto sem a guia de outro”, ou
seja, a incapacidade do pensamento de se desenvolver fora de um quadro de
restrições institucionais representadas, por exemplo, pela Igreja e pela
religião. No final do século XVIII, no contexto do Iluminismo e do processo
revolucionário francês, a Igreja perde influência e ascende o Estado leigo,
criando-se assim as condições sociais para a superação da “menoridade”.
4) a
5) a) De acordo com o texto, Diderot
identificava e valorizava a existência de diferentes culturas. Desse modo, não
acreditava na existência de uma base comum a partir da qual alguns povos
evoluiriam mais e outros menos. Disso resultava que, na opinião dele, qualquer
ação imperialista era um ato de agressão.
b) Segundo Rousseau, o desenvolvimento da
civilização e de suas formas e instituições sociais cada vez mais complexas
resultou na perda de uma ”inocência” primitiva comum a todos os homens. Assim,
a sociedade seria responsável pela corrupção da virtude humana primordial.
6) d
7) a
8) O princípio que orienta o primeiro
documento é o do direito divino dos Reis; já, no segundo, o princípio
orientador é o da razão iluminista. Para os defensores do Absolutismo, como
Jacques-Bénigne Bossuet (1627-1704), o poder político dos Reis emanava de Deus,
sendo, portanto, um “poder divino” e determinado pelo nascimento (a
hereditariedade sustentava a sucessão dinástica). Isso significa que a
legitimidade dos monarcas é indiscutível e natural, constituindo, então, uma relação
entre governantes e governados, na qual o primeiro tem autoridade e o segundo
deve-lhe obediência e fidelidade, na categoria de súdito. Para os iluministas,
em geral, e para Diderot (1713-1784), em particular, tal como se pode deduzir
da leitura do fragmento, o poder político não é algo natural ou tomado como uma
herança divina, uma vez que os homens, amparados pela razão, devem gozar de sua
liberdade. Por isso, a relação entre governo e governado depende de fonte
distinta: a força (o uso da violência) e o consentimento (o contrato).
09. d
10) Gab:
A queda da Bastilha simbolizou a vitória dos
ideais revolucionários sobre o regime absolutista e aristocrático.
Duas das propostas:
· direito ao voto
· soberania popular
· cidadania política
· liberdade de religião
· liberdade de
expressão
· igualdade perante a
lei
· sistema político
representativo
· estabelecimento do
sistema republicano
· estabelecimento de
regimes parlamentares
· divisão do poder
político em três instâncias: Executivo, Legislativo e Judiciário
11) e
12)
b
13) b
14) b
15) a) Queda (ou tomada) da Bastilha – Marco
inicial da Revolução, responsável pelo fim da Monarquia Absolutista francesa ou
pela queda do Antigo Regime na França.
Participação popular na Revolução – o
movimento revolucionário contou com ativa participação de variados segmentos
sociais, entre estes os chamados sans-cullotes.
b) Fim da servidão e dos privilégios da
Nobreza e do Rei – extinção dos deveres servis e abolição dos benefícios
sociais dos nobres e as regalias da Coroa. Entre outros privilégios cita-se a
extinção dos Estados Gerais, onde o primeiro e o segundo estados se aliavam em
detrimento do povo e da burguesia.
Constituição
Civil do Clero – subordinação da Igreja ao Estado o qual nomeava o Clero, e
confisco dos bens da Igreja.
Queda
do absolutismo – a Revolução Francesa representou a ruptura com a monarquia
absolutista, instituindo, inicialmente, uma monarquia de natureza
constitucional nos moldes liberais e, posteriormente, a República.
Ascensão
política da burguesia – apesar de sua anterior ascensão econômica, a burguesia
francesa era impedida, pelo absolutismo, de exercer uma maior participação
política. Com o triunfo da Revolução, ocorreu o seu efetivo controle do poder
na França.
Radicalização
política / polarização social – as repercussões do processo revolucionário
provocaram acentuada radicalização política, configurada nos embates entre
Jacobinos X girondinos, reivindicações dos Sans-cullotes e camponeses,
revolucionários X monarquistas. Início dos movimentos socialistas e de esquerda
em geral.
Repercussão
na crise do Antigo Sistema Colonial / difusão dos ideais liberais – o triunfo
da Revolução Francesa, ao enfraquecer o absolutismo típico das metrópoles
européias, contribuiu para o desencadeamento dos movimentos de emancipação
política das colônias americanas, influenciados pelos ideais iluministas, base
teórica da Revolução.
Resistência
das monarquias absolutistas – o temor da expansão dos ideais revolucionários,
dos quais a Revolução Francesa era o símbolo, acarretou a formação de alianças
entre as monarquias absolutistas européias (a exemplo da Prússia e da Áustria).
Ascensão
de Napoleão – no rastro do processo revolucionário, Napoleão Bonaparte galgou a
hierarquia do Exército francês e, a partir de 1799, com o golpe do 18 Brumário,
representou a consolidação dos interesses da burguesia.
Quebra
dos princípios mercantilistas / impulso ao processo de industrialização
francesa – a defesa dos ideais liberais, presentes nos revolucionários franceses,
levaram à quebra dos princípios mercantilistas e lançaram as bases do
capitalismo e da industrialização na França.
Crescente
rivalidade econômica com a Inglaterra / Bloqueio Continental – ao lançar as
bases do liberalismo econômico e o seu concomitante desenvolvimento de natureza
capitalista a Revolução, e seus desdobramentos, atraíram para a França a
acirrada concorrência da economia britânica. Em retaliação, Napoleão decretou o
Bloqueio Continental com o objetivo de sufocar a economia inglesa.
Difusão
dos direitos universais do homem – o ideário liberal, base teórica da
Revolução, propunha a consolidação dos direitos essenciais à pessoa humana
(liberdade, igualdade e propriedade), em certa medida negados pelo Antigo
Regime.
16) c
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