quinta-feira, 17 de março de 2011

UM CONVITE À PAZ MUNDIAL

A lenda deSadako
Convite à paz mundial e à saúde

Essa lenda é baseada em um fato verdadeiro: uma menina japonesa que apareceu com leucemia 10 anos após o bombardeio de Hiroshima. Para ter esperança de cura, ela se inspirou na lenda das garças douradas.
Depois de sua morte, seus colegas de classe começaram a trabalhar seriamente pela paz mundial.
Os autores têm contado esta versão da história em vários países, e convidamos para ajudá-los a torná-la uma "lenda viva", recontando-a sempre que houver oportunidade.
No Japão, dizem que as garças trazem vida longa e boa sorte. Quando voam pelas cidades ou pelos campos, parecem sóis dourados brilhando no céu.
Na manhã de 6 de agosto de 1945, apareceram milhões de sóis dourados no céu, mas não eram garças. Era uma explosão... Um grande estrondo! A primeira bomba atômica caíra na cidade.
Houve um clarão muito forte, e aqueles que olharam para ele nunca voltaram a enxergar novamente. Outros desviaram seu olhar. A cidade estava desmoronando. Tijolos, lajes, concreto e vidro se estilhaçavam pelas ruas e havia incêndios por todos os lugares. —"O que é isto"? as pessoas perguntavam perplexas. Os que sabiam contavam aos que não sabiam.
As pessoas corriam gritando: "água, água", querendo qualquer coisa para aliviar as queimaduras de suas peles.
No dia seguinte havia ainda mais incêndios. Novamente, algo estranho aconteceu. A chuva veio, mas era negra. A bomba havia impregnado a chuva com poeira radioativa.
Médicos e enfermeiras foram mortos pela explosão e os hospitais foram destruídos. As pessoas ajudavam umas as outras. Muitos morriam a cada dia.
Duas semanas mais tarde, algo estranho aconteceu novamente. Flores rosas, lilás e brancas desabrochavam onde nunca haviam sido plantadas. Cresciam em abundância, na mais estranha mutação de vida, em meio a toda aquela mortandade. Aquele dia foi horrível. É claro que muitas pessoas no centro da cidade morreram. Mais distante dali, no subúrbio, havia muitos sobreviventes. Entre eles, uma pequena garota chamada Sadako Sasaki.
Quando a bomba caiu na cidade, ela tinha apenas 2 anos de idade. Ao crescer; ela continuou se lembrando do terrível dia: — "Porque estão reconstruindo aqueles edifícios"? perguntava. E ouvia toda a história novamente.
Quando Sadako foi ao Parque da Paz, no dia de celebração da memória do Bombardeio, ela se lembrou de sua avó. Hoje, ela tinha amigos que visitavam suas avós periodicamente, mas a dela havia sido morta pela grande explosão. O que Sadako sabia sobre sua avó vinha das histórias e memórias dos outros.
O mais difícil na vida atual era receber a notícia de alguém conhecido que adoecia com a chamada "doença da radiação" ou "doença da bomba atômica", uma forma de câncer causado pela excessiva radiação no ar. Hoje, muitas pessoas se recuperam de leucemia, mas naqueles dias, tudo que os médicos podiam fazer era aliviar um pouco a dor. O contágio da doença significava morte.
Sadako era saudável e a coisa mais importante para ela era correr. "Quero fazer parte do time esportivo daqui. Quem sabe posso participar das Olimpíadas algum dia"? pensava.
Sadako era uma boa corredora. Corria para ir e voltar da escola, se exercitava e venceu muitas corridas. Acabou conseguindo o que queria.
Um dia, estava no meio de uma importante corrida e não se sentiu bem. "Não dormi o suficiente", pensou, — "não devo ter comido bem, mas vou ultrapassar aqueles que estão na minha frente e tudo vai acabar bem".

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